CGTP diz que salário mínimo mantém trabalhadores no limiar da pobreza - TVI

CGTP diz que salário mínimo mantém trabalhadores no limiar da pobreza

CGTP

A CGTP considera, tal como a UGT, que o aumento de 3% no salário mínimo nacional (SMN) é insuficiente. A subida de 11,20 euros por mês, anunciada pelo primeiro-ministro na sede da concertação social «é muito pouco para quem tem salários muito baixos, são 37 cêntimos por dia».

O secretário-geral da central, Carvalho da Silva, lembrou à saída da reunião que as previsões para a inflação (que em 2006 são de 2,3%), são normalmente subavaliadas, e rotulou também que as considerações da produtividade, são subavaliadas. «Não podemos credibilizar uma ideia de que está garantido que o salário mínimo vai crescer acima do agravamento do custo de vida. O senhor primeiro-ministro insiste em que isto é um sinal, mas isto é muito pequeno e trata-se de um número muito significativo de portugueses aqueles que são atingidos directamente, e aqueles que acabam por ser, porque ganham muito próximo do salário mínimo», alertou.

«São pessoas que vivem no limiar da pobreza. O SMN neste momento é menos de metade do salário médio e, se fizermos as contas à mediana dos salários médios em Portugal ou do rendimento das famílias e entrarmos em consideração com as recomendações internacionais, de que não se deve estabelecer um valor do salário mínimo abaixo dos 60% desses valores, nós diremos que o SMN em Portugal está já numa situação abaixo do risco de pobreza».

A CGTP insiste na ideia de um compromisso de aumento do SMN a médio prazo, de forma a atingir os 500 euros em 2010. «Ficamos apenas a discutir as migalhas e estes quatro cenários (de aumentos que estavam em cima da mesa, dos quais os 3% era o mais elevado) não são mais do que isso, têm uma dimensão muito pequenina».
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