Chuvas intensas atrasam vindimas e colheitas agrícolas - TVI

Chuvas intensas atrasam vindimas e colheitas agrícolas

Agricultura é o sector mais afectado pela seca

As previsões agrícolas em 31 de Outubro reportam-se à conclusão do ano agrícola de 2005/2006, marcado pela intensa precipitação que dificultou a conclusão das vindimas e das colheitas das culturas de Primavera/Verão.

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Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), estas condições meteorológicas dificultaram a normal realização das últimas colheitas do milho e arroz, condicionaram o final das vindimas, afectando o estado sanitário das uvas e, nalguns casos, provocaram a interrupção dos trabalhos de preparação do solo para o novo ano agrícola. De facto, a abundante precipitação encharcou os solos agrícolas, sobretudo nas zonas de várzea, estando o recomeço das sementeiras de Outono/Inverno condicionado pela drenagem das áreas alagadas.

Os prados, pastagens e culturas forrageiras beneficiaram com a abundante precipitação e com as temperaturas amenas, aumentando o contributo da matéria verde na alimentação animal para valores superiores aos normais.

Bom ano para a produção de castanha

Após o mau ano agrícola anterior, fortemente afectado pela situação de seca, registam-se aumentos de produção das culturas arvenses. As produções das principais fruteiras apresentam boa qualidade, com especial destaque para a pêra, cuja colheita deverá aumentar 30%, antevendo-se uma boa campanha de comercialização.

Nos frutos de casca rija perspectiva-se, para a castanha, uma produção de qualidade e em quantidade (30%). A actual vindima deverá ser de qualidade, apesar das chuvas, situando-se nos 6.786 mil hectolitros.

Nos olivais, o estado vegetativo e o bom vingamento dos frutos fazem antever uma boa campanha. Desta forma, prevê-se um aumento de produtividade na ordem dos 35% para a azeitona de mesa e de 30% na azeitona para azeite, face ao ano anterior.

Aumentos de produtividade para o milho e o arroz

A produção de milho deverá registar um aumento de 5%, face a 2005. De facto, os rendimentos unitários alcançados compensaram os decréscimos de área, motivados pelo preço relativamente elevado dos factores de produção e pela baixa valorização da cultura, agravados pelo Regime de Pagamento Único.

Para o arroz prevê-se um aumento de produção na ordem dos 25%, determinado quer pelo aumento da superfície, em virtude da retoma da disponibilidade de água nos perímetros de rega, em particular a Sul do Tejo, quer pelo acréscimo da produtividade.

No tomate para a indústria, a redução das áreas contratadas e os prejuízos causados pelas chuvas de Junho determinaram uma quebra de 15% na produção, face a 2005.
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