CIP e Governo de «costas viradas» - TVI

CIP e Governo de «costas viradas»

CIP

A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) suspendeu o processo de constituição da Confederação Empresarial Portuguesa (CEP), depois da AIP e AEP terem mantido negociações com o Governo com vista a celebração de um acordo de dinamização empresarial.

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Numa carta enviada aos associados e à qual a Lusa teve acesso, o presidente da CIP, Francisco Van Zeller, afirma que o processo de constituição da CEP «já foi suspenso e que irá ser totalmente revisto de forma a salvaguardar os interesses de todas as Associações e sectores económicos».

Em causa está a «Carta das PME - Compromisso do Futuro», que foi apresentado pelo Ministério da Economia à Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a Associação Industrial Portuguesa (AIP) em Outubro do ano passado.

«Ao mesmo tempo que nos envolvíamos no processo de constituição da CEP, os meus colegas da AIP e AEP estavam a ultimar secretamente um documento com o Ministério da Economia que constitui uma violação grave dos acordos previamente assinados para constituição da CEP», sublinha Van Zeller.

Com a assinatura da Carta das PME, a AIP e a AEP tomariam a seu cargo a promoção de todas as iniciativas de todos os sectores e de todas as zonas do país com o apoio do Ministério da Economia, excluindo todas as outras associações nacionais.

O processo de constituição da CEP arrastava-se há cerca de dois anos e tinha como objectivo juntar na mesma confederação a CIP, AIP e AEP.

A Carta das PME levou igualmente os parceiros sociais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social a pedir uma audiência com carácter de urgência ao primeiro-ministro, José Sócrates.

O objectivo é manifestar o seu descontentamento pelo facto de não terem sido «envolvidos ou auscultados para a concepção da política de operacionalização das medidas da Carta das PME».

A agência Lusa soube junto de associações empresariais que a assinatura da Carta das PME estava prevista para hoje, mas que acabou por ser cancelada.

Contactado pela agência Lusa, o Ministério da Economia não quis fazer qualquer comentário
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