Comprar carro: Negoceie e poupe 4 mil euros

Visitar vários stands, negociar os preços dos carros, valorizar um usado que tenha para entregar, são os passos iniciais. A DECO/Proteste consultou vários stands e concluiu que muitos deles dão informação insuficiente aos clientes, não falando das comissões de abertura e imposto de selo, nem da taxa anual de encargos efectiva global (TAEG), que reflecte todos os custos com o crédito, como juros, comissões, impostos e seguros. Caso queira comparar diversas propostas, consulte o simulador no site da DECO na Internet.

Depois de conseguir o melhor preço para o carro que escolheu, tudo depende do financiamento. O ideal é sondar vários bancos e instituições financeiras e conhecer os vários tipos de financiamento, desde o leasing (mais barata para quem não tem imóveis ou aplicações financeiras para dar como garantia), ao crédito automóvel, ALD e renting.

Esteja atento às diferenças de preço dos seguros, pergunte que garantias são exigidas, se existem penalizações por amortização antecipada da dívida e despesas de contratação. Mostre as propostas mais vantajosas (com TAEG mais baixa) aos outros bancos e tente renegociar as taxas.

Leasing mais vantajoso para seguros de danos próprios

Das modalidades de financiamento mais comuns, o leasing tem a taxa de juro mais baixa, mas geralmente, com os prémios de seguros obrigatórios, o seu custo acaba por ultrapassar o do crédito pessoal. Num contrato de locação financeira (leasing ou ALD), ao seguro de responsabilidade civil obrigatório de 50 milhões de euros, acresce outro de danos próprios, enquanto no crédito automóvel ou pessoal, basta o primeiro. A DECO alerta para as vantagens de, especialmente na compra de um carro novo, subscrever um seguro de danos próprios e, a fazê-lo, para o facto de ser o leasing o mais vantajoso. Se não quiser este seguro, então o melhor é optar pelo crédito bancário. No leasing, alerta, o do Millennium bcp é o mais vantajoso, com uma TAEG de 5,88%.e uma prestação mensal 10 euros inferior à média neste tipo de contrato.

Escolha do crédito certo poupa até 82 euros/mês

Num mesmo tipo de financiamento, as diferentes instituições podem ter ofertas com diferenças significativas. E uma má escolha pode resultar num aumento de 82 euros mensais na prestação a pagar. Ao fim de quatro anos, são quase 4 mil euros. Foi esta a diferença resultante de uma comparação entre o crédito automóvel Caja Duero (com TAEG máxima de 8,19% partindo de uma taxa nominal de 6%) e a média das TAEG mais elevadas, de 15,81%.

Por isso mesmo, a DECO aponta algumas «escolhas acertadas». Para quem tem um imóvel ou crédito à habitação para hipoteca e quer um financiamento a partir de 20 mil euros a 3 anos, deve optar por um crédito hipotecário. Se não reunir estas condições mas tiver uma conta poupança-habitação ou outra aplicação de valor igual ou superior ao empréstimo que pretende, pode optar pelo empréstimo com penhor, dando essa aplicação como garantia. Se também não está nesta situação, mas está disposto a abdicar da propriedade imediata do carro e quer contratar danos próprios, o ideal é um leasing e aqui, a opção do Millennium bcp. Se nada disto se aplica a si, então resta-lhe o crédito automóvel, dentro do qual a DECO aconselha ao da Caja Duero, ou o crédito pessoal, e aqui a escolha recai na oferta do BBVA, 80 euros mais barato que a maioria das alternativas.