Comunicações mais baratas impedem subida da inflação

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) foram as comunicações a única rubrica que registou uma descida de preços.

Em termos mensais, os preços avançaram 0,4% e a variação média nos últimos doze meses diminuiu uma décima de ponto percentual para 2,4%.

Na comparação homóloga, a Saúde, a Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis e os Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas foram as que apresentaram as contribuições positivas mais significativas para a formação da taxa de variação homóloga, justificando cerca de 52,4% da variação registada pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC).

A única contribuição negativa verificou-se ao nível das Comunicações. As restantes classes contribuíram com sinal positivo para a formação da taxa de variação homóloga.

Preço da roupa, calçado e acessórios dispara com novas colecções

Já na comparação mensal, o Vestuário e calçado registou a variação mensal positiva mais significativa (10,1%). Esta classe contribuiu com cerca de 74,8% da variação mensal registada para o IPC total. «A entrada das novas colecções de Outono e Inverno com reposição do nível de preços, esteve na origem deste efeito», refere o INE.

A nível de subgrupos destacam-se as contribuições positivas dos artigos de vestuário, do calçado e de outros artigos e acessórios de vestuário, cujas taxas de variação mensal foram de 11,6%, 7,4% e 5,5%, respectivamente.

É também de salientar o aumento do preço dos produtos lácteos e ovos (1,8%).

As principais contribuições negativas para a variação mensal do IPC registaram-se nos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e nos Transportes situando-se as variações mensais em 0,4% e 0,3%, respectivamente.

Carros mais baratos

Nos subgrupos destacam-se as variações dos preços da carne ( 1,5%), dos produtos hortícolas ( 2,2%) e dos veículos automóveis ( 0,6%), por serem as que mais contribuíram para o resultado assinalado pelas respectivas classes de despesa.

Em termos harmonizados, que permitem a comparação com os parceiros europeus, a taxa homóloga foi de 2%, a mensal de 0,4% e a variação média dos últimos 12 meses de 2,4%.