Constâncio denomina medidas do Governo de «convincente e credível» - TVI

Constâncio denomina medidas do Governo de «convincente e credível»

Vítor Constâncio

O governador do Banco de Portugal afirmou que o pacote de medidas anunciado pelo Governo para reduzir o défice orçamental foi um «começo convincente e credível» para a consolidação das contas públicas.

«Foi um começo convincente e credível do programa de redução do défice orçamental» afirmou Vítor Constâncio, referindo, contudo, que as medidas já anunciadas não correspondem ainda à totalidade daquelas que vão ser adoptadas, noticia a agência «Lusa».

O Programa de Estabilidade e Crescimento deve trazer mais medidas concretas, acrescentou o governador do Banco de Portugal, que falava na Comissão de Orçamento e Finanças para apresentar o relatório que prevê um défice de 6,8 por cento.

O programa de redução do défice para ser credível tinha que ser anunciado no início da legislatura, adiantou Vítor Constâncio.

O governador do Banco de Portugal reconheceu que em 2004 era já claro a inevitabilidade de «mexidas nos impostos.»

Uma das medidas anunciadas pelo Governo para combater o défice foi o aumento do IVA de 19 para 21%.

No entanto, Vítor Constâncio reafirmou que uma consolidação orçamental mais sólida tem de assentar também na redução das despesas.

Esta «é mais difícil, mas terá de vir», salientou.

O governador defendeu ainda que uma consolidação feita pelo lado das despesas pode ser mais recessiva do que um aumento dos impostos indirectos.

Um corte nas despesas teria um efeito recessivo imediato, que seria maior que as consequências do lado dos impostos indirectos.

Vítor Constâncio reafirmou que é possível avançar com a consolidação orçamental sem provocar uma recessão económica.

O efeito recessivo provocado pelo aumento do IVA, por si só, não arrasta a economia portuguesa para uma recessão.
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