Crise económica leva a quebra de 41% no mercado imobiliário de escritórios - TVI

Crise económica leva a quebra de 41% no mercado imobiliário de escritórios

Pavilhão Atlântico

O clima de instabilidade política e de fraco crescimento económico que caracterizou Portugal nos últimos 2 anos levou a uma quebra de 41% na absorção de escritórios pelo mercado imobiliário.

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Segundo o «Boletim de Mercado» da CB Richard Ellis para o mercado de escritórios em Lisboa e no Porto, «no primeiro semestre de 2005 assistiu-se a um reduzido nível de absorção bruta de escritórios, apenas 56.000 metros quadrados, quando comparado com o período homólogo do ano anterior (95.500 m2)».

A justificar4 esta situação, a consultora elege dois factores. «Por um lado, tem-se vindo a verificar que, apesar das empresas mudarem para escritórios de qualidade superior, acontece com frequência ocuparem áreas menores do que as que deixam devolutas. Por outro lado, o clima de instabilidade política e de fraco crescimento económico que caracteriza o país nos últimos 2 anos, têm provocado nos agentes económicos o adiamento das suas decisões de investimento».

Relativamente ao valor das rendas, a consultora adianta que «o valor das rendas de escritórios ¿prime¿em Lisboa, no primeiro semestre de 2005, manteve-se estável nas zonas analisadas, com excepção do Parque das Nações onde se verificou no último semestre uma redução de um euro por metro quadrado por mês», o que se traduz num saldo negativo. A justificação desta situação prende-se com uma «fraca procura e de um razoável excesso de oferta».

Desta forma, a CB Richard Ellis, para o próximo semestre, não prevê «novas alterações no valor das rendas ¿prime¿, embora as referentes a espaços em segunda mão possam vir a sofrer um novo decréscimo se continuar o clima de baixo crescimento económico».
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