Desemprego aumenta 4,1% em Janeiro e já atinge mais de 483 mil portugueses - TVI

Desemprego aumenta 4,1% em Janeiro e já atinge mais de 483 mil portugueses

Despedido

O desemprego aumentou 4,1% em Janeiro deste ano, ou em 18.997 pessoas, face a Janeiro de 2004, para um total de 483.447 desempregados, segundo o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Em termos mensais, o aumento foi de 3,1%, o equivalente a mais 14.595 desempregados do que no mês anterior.

O aumento do desemprego, relativamente ao mês homólogo de 2004, atingiu as mulheres (+3,2%) e, mais acentuadamente, os homens (+5,2%). Os desempregados com 25 anos e mais de idade registaram um acréscimo (+5,2%), contrariamente ao desemprego jovem.

Considerando a duração do desemprego, medida pelo tempo de permanência em ficheiro dos desempregados inscritos, assistiu-se ao aumento anual do desemprego de longa duração. Contaram-se mais 10,6% de inscrições com um ano ou mais de duração do que em Janeiro de 2004. O desemprego de longa duração acentua, assim, o seu peso relativo na estrutura do desemprego ao atingir 41,7% em Janeiro de 2005, contra 39,3% no mês homólogo de 2004.

Com excepção dos que não tinham qualquer grau de instrução e dos habilitados com cursos superiores, em todos os níveis de habilitação escolar estavam registados mais desempregados do que no mesmo mês do ano anterior.

Os dados regionais mostram, relativamente ao mês homólogo de 2004, o aumento do desemprego em todas as regiões do país, com excepção de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo. O mais acentuado aumento sentiu-se na região Autónoma da Madeira com mais 24,3%. O acréscimo mensal do desemprego observou-se em todas as regiões do país.

Quanto às profissões dos desempregados, confirmam um significativo número de trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (57.467), empregados de escritório (57.012), pessoal dos serviços de protecção e segurança (48.918) e trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústrias transformadoras (43.518). Estes quatro grupos de profissões representavam, no seu conjunto, 43,9% do total de desempregados inscritos.

Já olhando para a actividade económica de origem do desemprego, 56,3% eram oriundos de actividades do sector dos serviços onde predominavam o comércio por grosso e a retalho e as actividades imobiliárias informáticas investigação e serviços prestados a empresas, 39,5% provinham do sector da indústria com destaque para a construção, indústria do vestuário e fabricação de têxteis, sendo os restantes 4% do sector agrícola.

Só ao longo de Janeiro inscreveram-se 56.420 desempregados.
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