Dívida: Governo culpa crise pelo alerta negativo - TVI

Dívida: Governo culpa crise pelo alerta negativo

Teixeira dos Santos

Ministério das Finanças diz que medidas contra a crise também combatem problemas estruturais

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O Governo culpa a crise internacional pelo alerta negativo lançado sobre a dívida do país.

A agência de notação financeira Moody's desceu a perspectiva da dívida nacional de estável para negativa, o que pode indiciar que vem um corte de rating a caminho. Se isso acontecer, a dívida pública passa a apresentar maior risco e o Estado terá de pagar mais juros.

Em esclarecimentos prestados à Agência Financeira, o Ministério das Finanças considera que a decisão da Moody's «resultou das condições económicas decorrentes da crise mundial e do consequente agravamento da situação das Finanças Públicas, devido à necessidade de responder a essa crise através de uma política orçamental de natureza expansionista».

De facto, na sua nota, a agência de notação atribui a decisão «aos problemas económicos estruturais» do país, que «foram exacerbados pela crise económica mundial».

Mas culpa também «a aparente falta de motivação dos responsáveis políticos na tomada de medidas para resolver esses problemas».

O Governo reage a esta afirmação, lembrando que «as medidas de estímulo orçamental, consubstanciadas na Iniciativa para o Investimento e Emprego, dirigem-se também à resolução dos problemas estruturais do país, nomeadamente nas áreas da dependência energética, qualificações e capacidade exportadora das PME».

Mais, o Ministério assegura que o Executivo «continua firmemente empenhado em prosseguir com as reformas que potenciarão o crescimento económico futuro e em criar condições para que, uma vez ultrapassada a crise, o peso do défice e da dívida pública na economia se reduza».

Sobre a necessidade de combater a crise com uma política expansionista, ou seja, com mais investimento e mais despesa, que fará aumentar o défice orçamental, o Ministério das Finanças garante que vai continuar, nos próximos meses, a apoiar as famílias e as empresas até que a crise seja finalmente superada.
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