Nos transportes, por exemplo, existe muito por onde poupar. Nos combustíveis, escolhendo bombas junto dos hipermercados, onde pode poupar até 9 cêntimos por litro, aproveitando ainda descontos no supermercado.
Outra forma de poupar é fazer as contas e ver se compensa usar o seu carro nas deslocações diárias entre a casa e o emprego. Um estudo da DECO provou que andar de carro em Lisboa e no Porto ainda é mais barato do que usar transportes públicos, desde que o automóvel seja usado diariamente por mais do que uma pessoa. Ou seja, basta «dar boleia» a um familiar e amigo que faça parte do mesmo percurso e dividir os custos. Vai ver que as despesas diminuem. E se não levar o carro mesmo até à porta do trabalho, procure os parques de preços reduzidos à entrada das grandes cidades.
Se escolheu 2006 para comprar ou trocar de carro, saber negociar é fundamental para poupar um bom dinheiro. Visitar vários stands, negociar os preços dos carros, valorizar um usado que tenha para entregar, são os passos iniciais. Exija saber todas as taxas e despesas adicionais (que acabam sempre por surgir a meio dos processos) e peça as informações por escrito, para poder comprar bem. Para financiar o carro, sonde vários bancos e instituições financeiras e conhecer os vários tipos de financiamento, desde o leasing (mais barata para quem não tem imóveis ou aplicações financeiras para dar como garantia), ao crédito automóvel, ALD e renting. Esteja atento às diferenças de preço dos seguros, se existem penalizações por amortização antecipada da dívida e despesas de contratação. A escolha do crédito certo poupa até 82 euros/mês. Num orçamento já apertado, pode fazer toda a diferença.
Na manutenção do automóvel, tenha em atenção que, muitas vezes, as oficinas de marca são mais caras que as outras e nem sempre o serviço é melhor, ou de mais elevada qualidade.
Se tiver um acidente, lembre-se que nem sempre compensa participá-lo à seguradora. Regra geral, isso só é boa ideia se os danos forem superiores a 295 euros. Para danos menores, o aumento do seguro vai sair-lhe mais caro do que pagar os estragos do próprio bolso.
Nas idas ao supermercado, em alimentos e outros produtos para a casa, deixa um quinto do seu rendimento. Além dos descontos aliados a determinadas marcas de combustível, há muitas formas de poupar. Por um lado, escolher aqueles que decidiram não reflectir os preços o aumento do IVA. Por outro, pode sempre procurar as lojas de desconto, que são, de facto e em média, mais baratas.
Mas mesmo dentro de uma mesma cadeia, existem umas lojas mais baratas que outras, dependendo da localização. No Norte, sobretudo, os preços tendem a ser mais baixos. Para aproveitar os produtos mais baratos, o ideal seria percorrer várias lojas e comprar em cada uma delas o que aí for mais barato. Como isso implica maiores despesas de combustível ou transporte, aproveite as passagens pelos locais para parar no super ou hipermercado. Use um outro truque: leve sempre uma lista do que realmente precisa, para evitar compras por impulso.
Na Saúde, também é possível poupar. Peça genéricos ao médico em vez de medicamentos de marca, sempre que possível. Sempre que recorrer a clínicas privadas, sonde várias antes de marcar. É que existem grandes diferenças de preço. Guarde todas as facturas de farmácia e de consultas médicas, para poder deduzir no IRS.
E já que falamos de facturas, guarde as facturas de todas as suas compras. Se costuma ter problemas em encontrá-las quando precisa delas, use um sistema prático, como um dossier, e arquive-as por categorias. É que se descobrir que qualquer coisa que comprou tem um defeito, pode reclamar e exigir a troca ou a reparação até dois anos depois da compra¿ desde que tenha a factura, claro. Não se deixe enganar: todos os bens móveis (máquinas, mobílias, brinquedos, etc) têm, por lei, uma garantia de dois anos.
(Veja a segunda parte desta notícia em links relacionados)
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- Redação
- PGM
- 9 jan 2006, 18:17
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