Economia portuguesa manteve evolução moderada no quarto trimestre de 2004 - TVI

Economia portuguesa manteve evolução moderada no quarto trimestre de 2004

Economia portuguesa manteve evolução moderada no quarto trimestre de 2004

O indicador de actividade económica manteve, no quarto trimestre do ano passado, uma evolução moderada, ainda que tenha ocorrido uma mudança favorável entre Novembro e Dezembro.

Apesar disso, o indicador de clima não revelou, até Janeiro, uma recuperação das expectativas dos agentes económicos quanto à evolução económica.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a procura interna terá acelerado ligeiramente, em resultado da aceleração do investimento, mantendo-se o crescimento do consumo relativamente estável.

«O arrefecimento económico voltou a ser extensivo aos principais sectores de actividade», explica. Na indústria transformadora, a produção voltou a diminuir, mais intensamente do que no trimestre anterior, prolongando o abrandamento iniciado em Junho passado. Na construção também se acentuou a tendência de quebra, anulando-se o movimento de recuperação, esboçado até meados do segundo trimestre de 2004. Nos serviços registou-se um abrandamento do crescimento do volume de negócios, se bem que mais ténue do que o observado no trimestre anterior.

Apesar deste arrefecimento, verificou-se intra trimestralmente uma mudança significativa, revelada pelo movimento do indicador de actividade, entre Novembro e Dezembro. «Com efeito, num alargado conjunto de informação, quer ligada directamente aos principais sectores de actividade, quer sem ligação específica, detecta-se que as quebras mais acentuadas se localizaram em Outubro e que desde então se registaram melhorias, embora insuficientes para inverter o padrão trimestral de abrandamento», adianta o INE.

Do lado da procura interna, o consumo privado manteve «um apreciável dinamismo», devido não só ao consumo corrente mas também ao consumo de bens duradouros, na parte ligada à aquisição de automóveis.

Por seu lado, o investimento apresentou uma evolução positiva mais intensa nas suas principais componentes.

O valor, ainda provisório, das exportações no trimestre terminado em Novembro cresceu cerca de 5,5%, mais 1 ponto percentual (p.p.) do que no terceiro trimestre, enquanto o valor das importações aumentou cerca de 11,9%, mais 2,2 p.p., aumentando assim o diferencial entre os dois fluxos.
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