Endesa propõe penalização para utilização dos transportes privados - TVI

Endesa propõe penalização para utilização dos transportes privados

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Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal e membro do Compromisso Portugal, disse em declarações à «Agência Financeira», que é necessário mais pró-actividade por parte das empresas de transportes públicos e que deveria haver penalizações para a utilização de privados.

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Entre as propostas do movimento para a eficiência energética, está a meta de uma quota de mercado de 10% para os transportes públicos de passageiros e de 25% para os de mercadorias. Para o responsável, este não é um objectivo difícil de alcançar.

«No ano passado, na Europa, Lisboa foi a única cidade em que o sistema de transportes públicos perdeu utentes em termos absolutos. De há um ano para cá, assistimos ao aumento galopante dos combustíveis e não visualizámos uma única iniciativa desses transportes de se tornarem mais atractivos e versáteis. É inconcebível».

Ribeiro da Silva diz ainda que não é nem por falta de qualidade, nem de segurança que isto acontece. «Há que dizer às pessoas e criar os sinais no que diz respeito aos preços e à pró-actividade que as empresas de transportes têm que ter».

O membro do movimento considera que estas empresas não se devem acomodar ao facto de serem públicas e que podem «desenvolver iniciativas que contribuam para educar os utentes para usarem mais o transporte público e ter a penalidade por utilizar o privado». Desta forma, falou no caso de Londres, em que para entrar no centro da cidade há pagar elevadas portagens.

«É possível produzir o que nós produzimos com uma incorporação de energia substancialmente inferior. Ao fazer isso, ganha-se em todos os aspectos: produtos, desonerar o país de custos e a redução de emissões», acrescentou.

Aumento dos preços nos transportes é por falta de utentes

O presidente da Endesa diz que as empresas «têm necessidade de aumentar o preço dos transportes públicos, em grande parte, porque estão a perder utentes» e que isto acontece porque «não têm qualquer tipo de pró-actividade para fazer as suas campanhas de mercado». Para Nuno Ribeiro da Silva, os funcionários destes transportes nem sequer «vestem a camisola» e «não parecem estar disponíveis para dar informação».

«Em contrapartida, há também que criar factores de desincentivo/penalização ao uso do transporte privado. Com o desuso do transporte privado em certas áreas, liberta-se o espaço do transporte público, para que seja muito mais efectivo», terminou.
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