Endesa só entra na REN se tiver papel pró-activo - TVI

Endesa só entra na REN se tiver papel pró-activo

Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal

O presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, considera que a entrada no capital da Rede Eléctrica Nacional (REN), com uma posição de até 5 por cento, só se justifica se for para ter um papel pró-activo na empresa das redes de infra-estruturas energéticas de Portugal.

Em entrevista à «Agência Financeira», o responsável diz ainda que não estão definidas as condições em que os operadores ficam ao entrar com uma percentagem máxima de 5% na REN, situação que é preciso clarificar antes de tomar qualquer posição.

Existem alguns avanços na intencionada compra de 5% da REN?

Não há neste sentido: o interesse em estar na REN decorre sobretudo de se poder integrar um operador crítica da infra-estrutura eléctrica do país, mas isso significa ter algum conhecimento em órgãos sociais da mesma ou em comissões consultivas que permita ser um interlocutor mais pró-activo no que respeita a decisões sobre desenvolvimento de infra-estruturas, sobre opções de investimentos da rede. No fundo, sobre a evolução e planeamento de sistema que cabe à REN fazer e depois ir executando. Esse aspecto, hoje, não está claro.

Estar a dizer que tenho 5%, não é esse o sentido. O ter algum envolvimento quanto ao sistema de infra-estruturas que não é detido pelo Estado é interesse das empresas que são relevantes no sector dentro da empresa de transporte e das infra-estruturas básicas de electricidade e, neste caso, de gás. Também interessa à REN no sentido em que nesse espaço de encontro para por na equação a informação dos objectivos desses operadores relevantes. Esse quadro é que não está nada claro. Será um ponto que tentaremos ver mais esclarecido até porque se aproxima um momento importante com o IPO (Initial Public Offer).

E como vê o cruzamento de participações com a REE?

Esta situação recente do cruzamento de participações da REN, REE (Rede Eléctrica de Esapnha) e a Enagás é também mais um aconchego à lógica desta participação. Vejo com bons olhos este cruzamento, acho que tem toda a lógica. Para além disso, é um passo importante para criar estas condições de base do desenvolvimento do mercado ibérico. Este cruzamento vai proporcionar também um intrusamento muito maior entre as duas infra-estruturas que estão intimamente ligadas e que onde há muita coisa a optimizar com vantagens manifestas quer em termos de segurança, de economia, de transparência do sistema para todos os sistemas.

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