Estrela da Amadora ameaça processar Marco - TVI

Estrela da Amadora ameaça processar Marco

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O presidente do Estrela da Amadora negou todas as acusações de corrupção feitas domingo por responsáveis do Marco, após o jogo da 25ª jornada da Liga de Honra de futebol.

Mais do que isso, o responsável ameaçou avançar com um processo judicial por difamação.

Após o encontro de domingo, em que o Estrela visitou e venceu o Marco, por 2-1, o treinador da equipa da casa, Jorge Regadas, referiu haver «fortes indícios de corrupção».

Acusações de alegada amizade entre António Oliveira, presidente estrelista, e o árbitro do encontro, o lisboeta Duarte Gomes, também foram feitas, mas pela voz do presidente da equipa de Marco de Canaveses, Jorge Sousa.

«Em momento algum da minha vida desportiva e/ou social conversei ou confraternizei com Duarte Gomes, ou com qualquer outro árbitro assistente», garantiu hoje António Oliveira, insurgindo-se contra a «severa e infundada calúnia» de corrupção.

«Para haver corrupção tem de haver um corrompido, mas também um corruptor», assinalou o responsável do Estrela, exigindo uma «retracção pública» por Jorge Regadas e Jorge Sousa nas próximas 48 horas.

Caso essa declaração pública não se realize, o Estrela da Amadora e o seu presidente irão «accionar criminal e civelmente» os dois dirigentes do Marco.

Também Duarte Gomes revelou hoje que vai accionar todos os meios ao seu alcance, a nível desportivo e pessoal, para levar «ao banco dos réus» quem o difamou, recusando pactuar «com uma estratégia de obtenção de resultados positivos através da coacção e intimidação», que já faz parte do passado.

Por seu turno, António Oliveira também quis denunciar «as inaceitáveis tentativas de pressão» de Jorge Sousa ao fiscal de linha e classificou de «excelente» e «magnífico» o trabalho da equipa de arbitragem.

O Estrela da Amadora recusa ser o «bode expiatório» de um «eventual fracasso desportivo e económico» do Marco, que realizou uma «aposta forte» na presente época.

«Estes comportamentos têm a ver com o saber perder, o saber ganhar, o saber receber e o saber estar no futebol e no desporto. E penso que os Marcos que existem neste país devem ser banidos», referiu António Oliveira.

O responsável lamentou as dificuldades que teve para abandonar o estádio do Marco sob custódia policial e as ameaças feitas à mulher e aos filhos do jogador Santamaria, que no ano passado militou no Marco.

Também Duarte Gomes sentiu imensas dificuldades para abandonar o Estádio Avelino Ferreira Torres, acabando por sair sob escolta policial.

«Ando no futebol há 14 anos e nunca passei por uma situação destas, em que tenha de sair pela porta dos fundos, dissimulado num carro da GNR e em que tenha de esperar até às 20 para a nove da noite para que me levassem o carro», queixou-se Duarte Gomes.

As principais críticas do Marco centraram-se num alegado fora- de-jogo de Henrique, que viria a resultar no primeiro golo do Estrela, e a anulação de um golo limpo.

Mas, recorrendo a imagens vídeo, o Estrela quis rebater as críticas e somar as suas próprias censuras: uma falta sobre o guarda-redes Veiga aquando o golo do Marco, e a amostragem de mais cartões ao plantel da Reboleira.
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