Exportações portuguesas caem 6,7% em 2005 - TVI

Exportações portuguesas caem 6,7% em 2005

Têxteis

As exportações portuguesas da indústria têxtil e do vestuário caíram 6,7% em 2005, face a 2004, para os 4,11 mil milhões de euros, segundo as estimativas hoje divulgadas pelo Centro de Estudos Têxteis Aplicados.

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De acordo com as estatísticas do Observatório Têxtil do CENESTAP, o vestuário foi o sector que registou a maior queda, ficando-se em 2005 pelos 2,55 mil milhões de euros, menos 9,8% do que em 2004.

No têxtil, as fibras sintéticas ou artificiais reportaram um aumento de 27%, seguindo-se os tecidos especiais e tufados, que cresceram 20,6% e os tecidos impregnados, com uma subida homóloga de 8,6%.

"Por força deste comportamento desigual na fileira, o subsector têxtil aumentou o seu peso nas exportações totais (37,9% face aos 35,8% em 2004) de têxteis e vestuário.

Segundo o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), apesar do comportamento negativo das exportações, este acabou por se revelar «melhor do que o esperado, uma vez que, no início de 2005 se previu um decréscimo de 7,5%, face ao ano de 2004».

De acordo com Paulo Nunes de Almeida, esta «inversão de tendência» só foi possível graças ao esforço das empresas portuguesas e europeias do sector.

«A muito custo», exemplificou o responsável, conseguiu-se obter um acordo entre a União Europeia (UE) e a China, o qual, a partir de Junho de 2005, reintroduziu transitoriamente limitações às importações dos principais produtos concorrentes de origem chinesa no mercado comunitário, principal destino dos produtos têxteis e de vestuário portugueses.

Este acordo surgiu do esforço do sector para aplicação das denominadas «cláusulas de salvaguarda» às importações chinesas, que ultrapassaram «em muito» os níveis de alerta para o seu accionamento e colocaram em causa «de forma abrupta» milhares de empresas e centenas de milhar de postos de trabalho em toda a EU, frisa Paulo Nunes de Almeida.

Em comunicado o presidente da ATP aplaude ainda o esforço de internacionalização das empresas, «em muito conseguido através da multiplicação de participações em diversas feiras internacionais, quer em mercados tradicionais, quer em emergentes, incluindo a própria China».
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