Galp vai investir 2 mil milhões de euros nos próximos cinco anos - TVI

Galp vai investir 2 mil milhões de euros nos próximos cinco anos

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O presidente executivo da Galp Energia, José Marques Gonçalves, anunciou hoje que a petrolífera vai investir nos próximos cinco anos 2 mil milhões de euros em projectos energéticos que obedecem a exigentes níveis ambientais.

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Marques Gonçalves referiu um investimento de 700 milhões de euros na refinaria de Sines para alterar a «taxa de conversão» de modo a produzir mais gasolina (sobretudo para exportação), gasóleo (onde Portugal é deficitário) e jet para a aviação, em detrimento de fuel.

Dos 700 milhões, 500 destinam-se a esse investimento na coluna de refinação e os restantes 200 milhões de euros a equipamentos adjacentes.

O presidente executivo da Galp Energia anunciou ainda mais 100 milhões de euros para a melhoria da eficiência energética em diversas áreas e 1,2 mil milhões de euros no projecto de energia eólica.

Marques Gonçalves falava no âmbito da II conferência «Ambiente e Competitividade», organizada pela e.value, na qual o professor norte-americano Michael Porter defendeu a «hipótese Porter», segundo a qual níveis mais exigentes de regulação ambiental contribuem para que as empresas sejam mais inovadoras, competitivas e lucrativas.

Nesse âmbito, e uma vez que as regras ambientais introduzidas pelo Protocolo de Quioto vão induzir ao desenvolvimento de energias mais limpas, Marques Gonçalves anunciou que a Galp está já a trabalhar num projecto-piloto de um posto de abastecimento de hidrogénio.

O presidente executivo da Galp revelou que a empresa tem apoiado o Instituto Superior Técnico na sua investigação sobre hidrogénio e que quando os carros forem movidos a hidrogénio a Galp estará preparada para o vender nas suas estações de serviço.

O presidente da Galp Energia defendeu, contudo, que a teoria de Michael Porter é válida mas que deve ser encarada com precaução, sobretudo, pelas pequenas e médias empresas, pois exige elevados níveis de investimento.

Além disso, os níveis de controlo ambiental e de exigência de inovação que a 'hipótese Porter' implica poderão asfixiar as PME, pelo que esse tipo de medidas devem ser introduzidas de forma gradual, defendeu Marques Gonçalves.
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