Gasolineiras esperam decisão da Concorrência para fazer promoções nas bombas - TVI

Gasolineiras esperam decisão da Concorrência para fazer promoções nas bombas

Gasolineiras esperam decisão da Concorrência para fazer promoções nas bombas

As gasolineiras estão à espera que a Autoridade da Concorrência (AC) se pronuncie sobre os contratos que têm com as petrolíferas para poderem avançar com a realização de promoções nas bombas.

Só assim poderão baixar o preço dos combustíveis durante algumas horas do dia ou mesmo durante alguns dias da semana.

A Associação de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) não desiste da ideia e o seu presidente, António Saleiro, inicia esta quinta-feira uma espécie de «digressão» pelo país, em que vai reunir com associados de Norte a Sul de Portugal, para fazer um «ponto da situação» em relação este e outros assuntos. A primeira reunião terá lugar em Lamego, e abrange os distritos de Vila Real, Viseu, Bragança e Guarda.

Também em cima das mesas vai estar a harmonização da fiscalidade sobre os combustíveis com a vizinha Espanha, outra das bandeiras da associação, que conseguiu já o «total apoio» da DECO (Associação para a Defesa do Consumidor) e da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

Segundo fonte da ANAREC, em declarações à Agência Financeira, os contratos existentes entre as gasolineiras e as petrolíferas (cerca de 3.000), «continuam a ser analisados pela AC, não existindo ainda qualquer conclusão conhecida». A ANAREC preferia que a AC «fosse manifestando algumas orientações sobre o que já analisou», mas a entidade liderada por Abel Mateus não fez até agora qualquer comentário sobre o que já viu.

A associação das gasolineiras, que garante não ter sido «ouvida formalmente no processo», garante também que há termos «ilegais nos contratos, como a existência de sistemas automáticos de alteração de preços, nos quais as bombas não têm qualquer intervenção e que deixa a cargo única e exclusivamente das petrolíferas a afixação de preços. Sem a abolição, ou pelo menos a alteração destes sistemas automáticos, as gasolineiras estão impedidas de fazer as promoções que desejam».

Sobre a situação do sector, que viveu em 2004 o primeiro ano de liberalização do preço dos combustíveis, ano esse que coincidiu, ainda para mais, com uma elevada volatilidade dos preços do petróleo, fonte da ANAREC desdramatiza. «As vendas caíram bastante nas zonas fronteiriças, porque em Espanha as regras são diferentes e os preços mais baixos, mas no conjunto do país, as vendas não caíram, até subiram. Não foi um crescimento fulgurante, mas o aumento do parque automóvel fez subir as vendas nas zonas urbanas e nas auto-estradas, o que compensou a quebra sofrida junto às fronteiras».
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