Governo admite «alterações e correcções» na gestão do INAC

Hoje, o «Público» avança com os pormenores de um relatório entregue por Hernâni Duarte, ex-administrador do INAC e actual controlador financeiro do Ministério do Trabalho, em que acusa a direcção do instituto de «má gestão».

Confrontado com esta situação, o ministro dos Transportes e Obras Públicas, Mário Lino, que se encontrava na inauguração do novo edifício do INAC, disse que esse «relatório já tem um ano» e que foi dada a «devida atenção». «Averiguamos e damos as orientações para corrigir eventuais deficiências».

Um ano depois do relatório ter sido entregue, Mário Lino considera que há muitas «alterações e correcções». No entanto, desvaloriza o documento cujos «factos apontados, alguns já tinham sido detectados antes, outros não foram confirmados e outros foram confirmados e corrigidos».

Neste sentido, o ministro afirmou que o INAC irá ser alvo de uma reestruturação «até ao final do ano».

O Secretário-adjunto das Obras Públicas, Paulo Campos adiantou ainda que o relatório foi feito por alguém que, ao longo de três anos de gestão do instituto, «não proferiu qualquer situação que evidenciasse o que apontou» no documento, quando deixou o cargo. Paulo Campos disse também que o relatório não indica «qualquer ilegalidade ou irregularidade» e que, se assim fosse, o Governo «teria agido de imediato».

Ainda sobre o mesmo assunto, o presidente do INAC, Luís Almeida, comentou que «não conhece em concreto o relatório que foi entregue há um ano e analisado pela tutela», mas que terá tido o «tratamento que esta entendeu».