Horta e Costa reitera que separação do cabo inibe internacionalização da PT (Actualização1) - TVI

Horta e Costa reitera que separação do cabo inibe internacionalização da PT (Actualização1)

(Actualização1)O presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Miguel Horta e Costa, disse que a separação das redes de cabo e cobre pode inibir a expansão internacional do Grupo.

No debate sobre o Estado da Nação que encerra o 15º Congresso das Comunicações da APDC, o responsável referiu que «não podemos lançar empresas no plano internacional e especular sobre a partição da empresa no mercado (nacional) reduzindo a sua dimensão», numa clara alusão o tema da separação das redes.

O responsável referiu que o grupo recusa a «visão do Portugal dos pequeninos», e é neste contexto que garante que os preços da banda larga não são mais elevados que os dos outros países e que o nosso país não apresenta uma taxa de penetração menor que a de outros. Isto na mesma semana em que o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, admitiu a possibilidade de avançar com benefícios fiscais, para quem fizer ligações à Internet, quando os preços da banda larga deixarem de estar muito elevados.

O CEO da PT deixou ainda uma palavra ao regulador e à concorrência. Sobre a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), Horta e Costa disse que a regulação em Portugal é «muito superior à tendência europeia», apelando mesmo a que se deixe funcionar livremente o mercado.

No que toca à concorrência, o presidente executivo da PT voltou a reforçar a ideia de que «não é admissível afirmar que não existe concorrência em Portugal», uma vez que, entre outras razões, os operadores entrantes têm preços inferiores aos dos congéneres europeus e a desagregação do lacete local (o último troço para chegar das centrais da PT à casa do cliente) é mais favorável em Portugal.

Uma opinião que não é partilhada pelos restantes operadores por consideram que a PT continua a ter uma posição de claro domínio no mercado das telecomunicações.

Este ano a Sonaecom foi mesmo mais longe, escusando-se a estar presente no congresso. Segundo o «Jornal de Negócios» a operadora tomou a decisão por considerar que o

congresso que não debate as questões de fundo das medidas estruturais do sector.

Carrapatoso diz que capitalização bolsista da PT não justifica quota de mercado

Durante a mesma sessão, o presidente executivo da Vodafone, António Carrapatoso, também teceu críticas ao operador histórico. Para o responsável há áreas onde não estamos melhor que a média europeia, nomeadamente no fixo onde a quota da PT chega aos 67%. O CEO da Vodafone dsse não entender o porquê uma vez que, pode até aceitar que a PT é «melhor» que as outras empresas, mas não aceita que seja «muito melhor», ao ponto dde justificar a diferença de quota. Se assim fosse, a capitalização bolsista teria vindo a aumentar, acrescentou.

Carrapatoso continua a defender, se necessário, a separação das redes de retalho e grosso da PT, sendo que ao regulador cabe também o papel de deixar que o mercado gere as suas próprias soluções.
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