Iberdrola quer ter acesso a 10% dos direitos de voto na EDP

Ontem, a Iberdrola lançou um comunicado que vai vender os seus 4% dos títulos da Galp para se concentrar na EDP e que esta venda iria ser consistente com o modelo que o Governo português considerasse mais apropriado para a sua nova estratégia na energia.

No entanto a espanhola também referiu que, de momento e por sua própria iniciativa, não vai fazer parte no novo conselho (sem capacidade executiva), em que os accionistas com mais de 2% do capital social da EDP vão estar representados.

Segundo os analistas da Ibersecurities, a rejeição por parte da Iberdrola de fazer parte do novo conselho da eléctrica portuguesa é uma medida no sentido de reduzir a tensão política em Portugal. Os analistas adiantam também que acreditam ser difícil para a espanhola confirmar os seus interesses em eliminar a anteriormente mencionada limitação, uma vez que a sua intenção, com este reforço da sua posição na EDP, é procurar oportunidades de crescimento em Portugal (limitada depois do falhanço do acordo com a Galp) e não controlar a utility em Portugal.

No entanto, e de acordo com a Lei espanhola, a Iberdrola está limitada a 3% dos direitos de voto de um operador dominante, como é o caso da EDP.