Intenção de comprar carros e casas bate mínimo de 19 anos - TVI

Intenção de comprar carros e casas bate mínimo de 19 anos

sem dinheiro

Situação financeira das famílias e da economia do país está a melhorar

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Há 19 anos que as intenções dos portugueses de comprarem carros e casas novos não atingia um valor tão baixo.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) as perspectivas de compra de automóvel prolongaram em Julho a tendência descendente anterior, atingindo um novo mínimo para a série iniciada em 1990.

Também as perspectivas de compra ou construção e de realização de grandes gastos com melhoramentos na habitação apresentaram diminuições em Julho, mais intensa no primeiro caso, registando os valores mais baixos das respectivas séries.

Portugueses acreditam que situação económica está a melhorar

Apesar de não terem intenções de fazer estas grandes despesas, os portugueses estão cada vez mais optimistas. O indicador de clima económico aumentou nos últimos três meses, após ter registado em Abril o valor mais baixo da série iniciada em 1989.

Em Julho, os indicadores de confiança voltaram a apresentar um andamento positivo em todos os sectores.

No caso dos consumidores, a subida vem já desde Abril, depois de ter sido registado em Março o mínimo histórico da série (iniciada em Junho de 1986). Para esta melhoria têm contribuído todas as componentes do indicador.

As perspectivas sobre a evolução da situação económica do país têm dado a maior ajuda, ao registarem fortes subidas nos últimos quatro meses.

Também no que se refere às expectativas relativas ao desemprego e às expectativas sobre a evolução da situação financeira das famílias, há contributos positivos.

Até nas perspectivas de evolução da poupança se notam melhorias.

Mesmo as variáveis que não integram o indicador de confiança, como as apreciações sobre a situação financeira do agregado familiar e a situação económica do país melhoraram. Sobre os preços, as expectativas são de descida.

Também as respostas acerca da compra de bens duradouros no momento actual e nos próximos doze meses mostram sinais de retoma desde Março e Abril, respectivamente, interrompendo as anteriores tendências negativas, que culminaram com os mínimos das séries.

Todos os sectores empresariais estão mais optimistas

O indicador de confiança da Indústria Transformadora aumentou em Julho, retomando a trajectória ascendente iniciada em Março, depois de ter atingido em Fevereiro o valor mais baixo da série.

Também a confiança da Construção e Obras Públicas reforçou o movimento ascendente iniciado em Maio. No Comércio, o indicador de confiança tem vindo a aumentar desde Abril, interrompendo a trajectória descendente que culminou em Março com o mínimo histórico da série.

E, por fim, nos Serviços, aumentou nos últimos três meses, embora mais expressivamente em Julho, contrariando a acentuada diminuição observada desde o final de 2007 e que culminou com o mínimo histórico da série.
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