Jordânia: 57 mortos nos atentados de Amã e condenações unânimes - TVI

Jordânia: 57 mortos nos atentados de Amã e condenações unânimes

Os atentados mortíferos que fizeram 57 mortos em três hotéis em Amã foram unanimemente condenados por responsáveis políticos de todo o mundo que expressaram o seu apoio à Jordânia.

Os atentados mortíferos que fizeram 57 mortos em três hotéis em Amã foram unanimemente condenados por responsáveis políticos de todo o mundo que expressaram o seu apoio à Jordânia.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se hoje de manhã (hora local) para discutir o triplo atentado cometido quarta- feira contra três hotéis em Amã, revelou fonte diplomática.

Esta reunião, não prevista no programa inicial do Conselho, terá por tema oficial «as ameaças contra a paz e a segurança internacionais causadas pelas actividades terroristas», precisou a mesma fonte.

Os atentados nos hotéis Raddisson SAS, Hyatt e Days Inn, em Amã, foram obra de bombistas suicidas que fizeram explodir os seus cintos de explosivos e um carro armadilhado, revelou quarta-feira o vice-primeiro-ministro jordano, Marwan Moasher, em declarações à CNN.

O Presidente norte-americano, George W. Bush, condenou os atentados «bárbaros» conduzidos contra «civis inocentes» e ofereceu a ajuda dos Estados Unidos para «fazer comparecer os terroristas perante a Justiça».

«A Jordânia é um amigo próximo dos Estados Unidos e nós vamos oferecer todas as formas de cooperação possíveis para conduzir o inquérito sobre os atentados» e assistir os jordanos nos seus esforços para «levar estes terroristas perante a Justiça», declarou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, à imprensa.

«Aqueles que eram visados tinham todas as nacionalidades. Em nome do povo norte-americano, o Presidente expressou as suas condolências ao rei Abdallah e ao povo da Jordânia», acrescentou.

A secretária de Estado, Condoleezza Rice, condenou também os atentados, que qualificou de «grande tragédia».

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, anulou a visita prevista para hoje à Jordânia e lançou um apelo urgente para «uma acção colectiva contra o terrorismo», anunciou o seu porta-voz.

Em Paris, o primeiro-ministro francês, Dominque de Villepin, salientou a condenação firme do seu país e expressou «as suas mais sinceras condolências» ao povo jordano.

Numa carta endereçada ao seu homólogo jordano, Adnan Badran, Villepin escreve: «É com emoção e uma grande tristeza que tomei conhecimento que os atentados em Amã fizeram numerosas vítimas».

«Desejo expressar-vos, assim como às famílias e a todo o povo jordano, as minhas mais sinceras condolências e a minha profunda simpatia. A França, que condena da forma mais firme estes actos odiosos, está ao vosso lado nestas circunstâncias trágicas e dolorosas», acrescentou.

Estas circunstâncias «lembram-nos uma vez mais a urgente necessidade de lutarmos juntos contra a violência e aprofundar ainda a nossa cooperação em matéria de terrorismo», segundo o texto divulgado por Matignon.

Pelo menos 57 pessoas morreram e 300 outras ficaram feridas em atentados suicidas que atingiram quase simultaneamente quarta-feira à noite três hotéis em Amã, os primeiros ataques de uma tal envergadura na Jordânia.

A Síria reagiu prontamente, condenando os atentados e manifestando a sua solidariedade com o seu vizinho.

«A Síria condena vigorosamente estes ataques e exprime a sua solidariedade total com a Jordânia», disse um responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pela Agência Sana.

Nos Emirados Árabes Unidos, o presidente xeque Khalifa ben Zayed al-Nahyane, afirmou a «solidariedade total» do seu país com a Jordânia face aos ataques terroristas.

O dirigente palestiniano Mahmud Abbas qualificou-os de «crime contra a humanidade e a segurança árabe».

Abbas, indicou a presidência palestiniana, dirigiu as suas condolências ao rei Abadallah II da Jordânia e ao povo jordano, pelas vítimas dos atentados.

As bandeiras palestinianas serão hoje colocadas a meia haste nos edifícios oficiais da Autoridade Palestiniana em sinal de luto.

Indicou o gabinete do primeiro-ministro, Ahmad Qorei.
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