Jornal «Expresso» baixa preço para 2,80 euros

Em conferência de imprensa, o director do jornal, Henrique Monteiro, apresentou a reestruturação da publicação, explicando que a descida de preço nada tem a ver com o aumento da concorrência que aí vem, nomeadamente com o lançamento do «Sol» pelo seu predecessor, José António Saraiva.

O aparecimento do «Sol» foi mesmo considerado positivo pelo responsável, pois a existência de mais jornais cria mais mercado e mais leitores. Quanto ao impacto do novo semanário no próprio «Expresso», Henrique Monteiro evitou comentários, dizendo apenas que terá de ver primeiro o jornal, para saber como será feito. Nesta altura, garantiu, ainda nem sabe se o «Sol» é mesmo ou não um concorrente do «Expresso».

A descida de preço prende-se sim, segundo o director, com uma redução dos custos, permitida pela nova máquina de impressão. Até agora, com o modelo antigo, os custos de impressão eram mais elevados.

O «Expresso» vai ter um novo formato, chamado «berliner», um pouco maior do que o chamado «tablóide», mas menor do que o seu actual formato, conhecido como «broadsheet».

Com cara refrescada, o jornal espera aumentar as tiragens dos actuais 120 mil para 130 mil. O ano passado tinha já sido o melhor ano de sempre da empresa.

Além disso, o jornal apostará também na Internet. Dois ou três temas fortes da edição impressa serão tratados no seu site, ao longo da semana.

Apesar das mudanças de imagem, o «Expresso» continua a apostar no mesmo público-alvo, que pertence sobretudo às classes mais altas (A, B e C1).

A partir de Janeiro também o jornal «Público» será impresso na nova máquina, o que não significa que vá, necessariamente, mudar de formato.