Junta do Porto ainda não chegou a acordo com Governo sobre Metro

«A reunião de hoje significou a busca de um acordo, de um documento que sintetizasse as posições de parte a parte», afirmou o presidente da JMP, Rui Rio, no final de uma reunião com o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, e a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.

A reunião, que se realizou esta tarde em Lisboa, contou também com a presença do presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Valentim Loureiro.

«A Junta vai decidir em função daquilo que foi a conversa de hoje», acrescentou Rui Rio.

A construção da linha Porto (Estádio do Dragão), Instituto Superior da Maia até à Trofa e a construção de raiz da linha da Boavista têm estado no centro de divergências entre a Metro do Porto e o Governo, que tem defendido o início das obras só em 2009, ao mesmo tempo que exige alterações no modelo de gestão da empresa.

A JMP defende a expansão faseada da rede, com as obras a terem início já em Janeiro de 2008.

A secretária de Estado dos Transportes, declarou que, depois da reunião desta tarde, o Ministério, a JMP e a Metro do Porto «estão muito mais próximas do que na última troca de documentos».

«A JMP e o Ministério estão empenhados no avanço tão rápido quanto possível da expansão da linha do Porto», assegurou Ana Paula Vitorino.

Quando questionada sobre a data da apresentação do acordo, a secretária de Estado escusou-se a responder, afirmando apenas que será «tão rápido quanto possível e tão devagar quanto o rigor exigir».

De acordo com uma entrevista a Valentim Loureiro, publicada a 11 de Abril no Jornal de Notícias, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, aceita que os autarcas mantenham assento do Conselho de Administração da Metro do Porto, que passará a ser controlado pela Administração Central.

No próximo modelo de gestão, que entrará em vigor no início do próximo ano, o Governo mantém a nomeação de três elementos e a JMP passa a indicar dois nomes, em vez de quatro.

O actual Conselho de Administração da empresa vai manter-se em funções até ao final do mandato, que termina no fim deste ano.