Lucro da EDP cai 32% para 479 milhões de euros - TVI

Lucro da EDP cai 32% para 479 milhões de euros

António Mexia à frente da EDP

1.653 milhões investidos

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A EDP registou lucros de 479 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, menos 32% do que no mesmo período de 2008, anunciou a empresa em comunicado.

O resultado foi «penalizado por menores ganhos de capital», que se ficaram pelos 28 milhões de euros, incluindo o s 13 milhões em resultado da entrada da Sonatrach no capital da CCGT Soto 4 (com participação de 25%), e 15 milhões de ganho reconhecidos na venda da participação detida pela Energias do Brasil na ESC 90.

Isso mesmo foi explicado pelo presidente da empresa na conferência de apresentação de resultados. «Os lucros desceram por razões óbvias: pela existência de operações extraordinárias no ano anterior», disse António Mexia, realçando que o resultado líquido recorrente aumentou 7%, para 505 milhões.

O EBITDA (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) consolidado subiu 2% para 1.611 milhões, impulsionado por actividades liberalizadas na Península Ibérica, que cresceram 100 milhões de euros e pelas operações eólicas, com mais 44 milhões. O EBITDA da produção contratada foi penalizado por resultados não recorrentes. O custo dos combustíveis, acima dos níveis internacionais, penalizou em 29 milhões mas a recuperação através das tarifas de 2008 permitiu recuperar 58 milhões. O EBITDA recorrente cresceu 7%, para 1.607 milhões.

Custos cortados graças a esforço de reestruturação

Os custos operacionais caíram 2% para 843 milhões, «reflectindo importantes ganhos de eficiência». Os custos com pessoal recuaram 6%, «reflectindo um recente esforço de reestruturação, nomeadamente no Brasil e em Portugal. Os custos com benefícios sociais cresceram 14% devido aos custos com reestruturação no Brasil e prémios de pensões mais altos na distribuição em Portugal. Os outros custos operacionais caíram 45%.

As depreciações e amortizações líquidas aumentaram 3% para 613 milhões, resultado do crescimento de capacidade eólica e convencional, do facto de ter sido alargado o perímetro de consolidação (com a compra da Pebble Hydro), e dos investimentos em infra-estruturas.

Participação no BCP vale menos 29 milhões

Os custos financeiros líquidos recuaram 44 para 287 milhões reflectindo juros financeiros líquidos mais baixos. Não só o custo médio da dívida baixou mas houve também uma menor desvalorização no mercado das participações da empresa: «29 milhões de euros para reflectir o menor valor de mercado da nossa participação no BCP», quando no homólogo, o valor ascendia a 148 milhões, referentes à nossa participação na Sonaecom e BCP.

O investimento operacional totalizou 1.653 milhões, 83% dos quais referentes a projectos de expansão. Os novos projectos hídricos e eólicos absorveram 90% do total de investimento de expansão.

A dívida líquida totalizava, no final do primeiro semestre, 14,2 mil milhões de euros, mais 2,4%.
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