Lucro do BES cai 6,8% para 246,2 milhões de euros

O BES apresentou lucros de 246,2 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, menos 6,8% que nos primeiros seis meses do ano passado, anunciou o banco em comunicado.

A rendibilidade dos capitais próprios (ROE) anualizada situou-se nos 10,1%.

O resultado financeiro cresceu 27,2% para 650,2 milhões de euros e os serviços a clientes aumentaram 13,2% para 346,2 milhões, fazendo o produto bancário comercial atingir 996,4 milhões de euros, ou seja, mais 22%.



A este valor, somam-se ainda 162,1 milhões de euros, resultado de operações financeiras e outras.

O banco apresenta ainda provisões líquidas de reposições de 325 milhões de euros, mais 80%, após um «reforço prudente do provisionamento para crédito através da alocação de uma dotação adicional de 40 milhões de euros devido ao actual ciclo de recessão económica».

Os interesses minoritários ascendem a 13,9 milhões.

Os custos operativos aumentaram 2,5% para 512,3 milhões de euros, «apesar de condicionados pela amortização dos desvios actuariais».

Área internacional contribui com 84,8 milhões

A contribuição da área internacional para os resultados foi de 84,8 milhões de euros, crescendo 9,8%, em contraste com a redução de 13,7% apurada na área doméstica. A crise global também se repercutiu no provisionamento do crédito das unidades no exterior, cujo valor passou de 19,7 para 72,4 milhões de euros (3,7 vezes mais) com especial incidência em Espanha e no Reino Unido.

«Os níveis de solvabilidade foram reforçados (Core Tier I de 8,3% e Tier I de 8,8%), em consequência do aumento de capital concretizado em Abril (1.200 milhões de euros), colocando o BES entre os bancos mais capitalizados da Península Ibérica», acrescenta o banco.

«Pela primeira vez e apesar da crise internacional, os Activos Totais ultrapassaram 100 mil milhões de euros, fruto da dinâmica de crescimento da actividade.

Crédito a clientes sobe 4,6%

Os recursos de clientes de balanço cresceram 5,7% e o crédito a clientes 4,6%. O crédito concedido às empresas aumentou 8% em termos homólogos, ou seja, mais 2.585 milhões de euros.

A rede de balcões atingiu, no final do primeiro semestre de 2009, um total de 733 unidades em Portugal (crescimento de 11 unidades face a Junho de 2008).