Lucros da Sumolis caem 80% para 400 mil euros

Os resultados líquidos da Sumolis, após minoritários e impostos, caíram 80 por cento de 2,400 milhões euros no ano passado.

De acordo com o comunicado da empresa, os resultados operacionais (EBIT) alcançaram 6,7 milhões de euros, em linha com os registados no ano anterior. Já o EBITDA foi de 17,5 milhões de euros enquanto que no ano anterior foi de 18,5 milhões de euros.

«O custo médio da dívida resultante da subida das taxas de juro, teve influência relevante na rubrica de juros suportados. Adicionalmente, a aplicação do método da equivalência patrimonial à associada Compal teve um impacto negativo de 1,3 milhões de euros na rubrica de perdas em empresas associadas. Assim, os resultados financeiros evoluíram de 4,3 para 5,8 milhões de euros negativos. Após avaliação efectuada ao activo associado ao goodwill não se verificou perda de imparidade», acrescenta a empresa.

Os resultados antes de impostos ascenderam a 0,8 milhões de euros.

172 milhões de euros de volume de negócios

O volume de negócios manteve-se no patamar dos 172 milhões de euros. Para esta evolução as vendas e as prestações de serviços tiveram contribuições distintas. As vendas cresceram 0,6%, tendo o mercado doméstico regredido ligeiramente em 1,7%, para 142,2 milhões de euros. Os mercados internacionais tiveram uma evolução muito positiva, com um crescimento global de 32,2%, para 14,2 milhões de euros. O valor das prestações de serviços foi de 15,8 milhões de euros, tendo ficado aquém do valor registado no ano anterior.

No exercício em análise, as vendas em valor registaram um ligeiro crescimento de 0,6% para 156,4 milhões de euros. Em volume, foram colocados no mercado 238 milhões de litros de bebidas, menos 0,9% que no ano anterior, enquanto o preço médio de venda cresceu 1,4%.

A margem bruta regrediu 1,9%, cifrando-se em 83,6 milhões de euros. No mercado doméstico actualizou-se o preço médio de venda global em cerca de 2,2% e nos mercados internacionais não foi possível progredir em preço. Não obstante, o efeito desta evolução positiva nos preços, conjugada com uma evolução desfavorável nos custos de produção e no mix de vendas por embalagem, provocou uma diminuição da margem bruta relativa de 49,4% para 48,6%.



Os gastos com pessoal foram influenciados positivamente pelas operações de optimização de processos que vêm sendo levadas a cabo em anos recentes. Em consequência, estes gastos diminuíram 2%.

Mercado de bebidas e refrigerantes manteve-se em 2007

No conjunto, os mercados de refrigerantes, bebidas nutricionais, águas e cervejas valeram no ano passado 2.721 milhões de litros, valor praticamente idêntico ao do ano anterior.

A categoria dos refrigerantes, a mais importante para o Grupo Sumol, apresentou em 2007 um volume total de 651 milhões de litros, registando um decréscimo de 2,1%, a que não serão alheias as condições climatéricas adversas durante o Verão. Dentro desta, os refrigerantes com gás, com um volume de 489 milhões de litros, decresceram 3,4%, enquanto os chás gelados cresceram 1,5%, atingindo vendas de 163 milhões de litros.

Após uma década de crescimentos consistentes a categoria das águas engarrafadas, com um volume total de 1.023 milhões de litros, decresceu 2,5%, tendo sido as condições climatéricas a causa determinante.

Estima-se que o mercado de cervejas tenha eventualmente crescido marginalmente (mais 1,1%), para um volume total de 679 milhões de litros.

Investimento de 9 milhões

O investimento em imobilizado ascendeu a praticamente 9 milhões de euros. O efeito conjugado da evolução do cash flow livre e do fundo de maneio, resultou numa redução da dívida remunerada líquida de 65 para 61 milhões de euros, no fecho do exercício.

A dívida remunerada líquida correspondeu a 3,5 vezes o cash flow operacional (EBITDA).

O capital próprio ascendeu a 81 milhões de euros no final do exercício.