«A minha verdadeira competição é fora do partido, principalmente com o Governo. É com o Governo que estou verdadeiramente preocupado», afirmou Marques Mendes, o único candidato nas «directas» de sexta-feira, em entrevista à SIC Notícias.
Sublinhando que a sua principal preocupação é «virar o partido para fora», Marques Mendes admitiu existirem várias interpretações para o facto de ser o único candidato às primeiras eleições directas do PSD, informa a «Lusa».
Uma dessas interpretações, acrescentou Marques Mendes, é os militantes sentirem que, um ano depois de ter sido eleito no congresso de Pombal, «as coisas estão a correr bem» e que o PSD é neste momento um «partido unido e estabilizado».
«O PSD vive um momento de estabilidade e unidade, o que é um bom presságio para o futuro», frisou.
Ainda relativamente ao facto de não ter adversários, Marques Mendes lembrou que a maior parte dos antigos líderes sociais- democratas também concorreram sozinhos nas eleições internas, nomeadamente Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão ou Cavaco Silva.
«A maior parte não tiveram adversários. É normal que assim seja, e foram todos grandes líderes», sustentou, insistindo que «o importante não é a competição» dentro do partido.
Marques Mendes desvaloriza ausência de adversários
- Redação
- 5 mai 2006, 11:21
Luís Marques Mendes desvalorizou hoje a ausência de adversários nas primeiras eleições directas para a liderança do PSD, salientando que o seu verdadeiro combate realiza-se fora do partido.
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