Mexia garante que aumento nas portagens será «simbólico» (Actualização) - TVI

Mexia garante que aumento nas portagens será «simbólico» (Actualização)

António Mexia

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mexia, assegura que, ao contrário do que tem sido dito, as portagens vão sofrer apenas um aumento «simbólico» face ao que é normal.

(Actualiza com declarações do ministro)

Um aumento para fazer face à passagem dos monovolumes a classe 1, e subsequente perda de receita para as concessionárias.

Sobre a alteração em si, António Mexia voltou a frisar que «é preciso que as pessoas percebam que este é um compromisso do Governo anterior, que visava repor aquilo que é a lógica da utilização do sistema das classes, de acordo com as caracteristicas do veículo. Em muitos dos países da Europa, os monovolumes por uma questão do peso também, muitas das vezes não é só altura, estão na classe 1».

Portanto, para o ministro tratou-se somente de «corrigir» algo que «ainda por cima, prejudicava uma indústria importante em Portugal (a indústria automóvel)», admite.

«Era fundamental que houvesse um Decreto-Lei que autorizasse as alterações dos contratos de concessão. Neste momento, tudo o que falta é um despacho conjunto que permita saber qual é, do ponto de vista de actualização das tarifas as consequências disso e em quanto tempo é que ela feita», refere António Mexia, garantindo ainda que «as alterações do ponto de vista do tarifário serão simbólicas». Uma declaração que afasta assim os receios de que seriam os outros automobilistas a «financiar» a perda de receitas das concessionárias, nomeadamente a Brisa, através de um aumento das portagens acima do que é normal, em 2005.

«Não está em causa discriminar nenhuma classe. A única coisa que se pretende é que o sistema encontre de novo o seu equilíbrio», sublinha, adiantando também que as negociações com as concessionárias de auto-estradas estão a decorrer.

Recorde-se também que este benefício só poderá ser usufruido por quem tenha Via Verde. E sobre os motivos que justificam esta situação, refere António Mexia que tem «só a ver com o facto de se garantir uma rapidez na implementação do sistema, coisa que será dificultada pelo facto de ter que ter um reconhecimento óptico em vez de electrónico. É pura e simplesmente para que o sistema seja mais expedito».

Refira-se ainda que, segundo declarações anteriores do ministro, e por questões técnicas, esta alteração não deverá entrar em vigor logo em Janeiro.
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