Milionários também regateiam preços - TVI

Milionários também regateiam preços

Imóveis de Luxo

Casas demasiado grandes e divórcios levam à venda de casas de luxo

Embora as classes mais altas da sociedade sejam, normalmente, isentas às crises, isso não quer dizer que não procurem os melhores preços e que não se esforcem por negociar e conseguir «uma pechincha», mesmo nos bens mais valiosos, como é o caso de uma casa de luxo.

Prova disso mesmo são os clientes da imóveisdeluxo, uma mediadora imobiliária destinada exclusivamente a este segmento, que está «proibido» ao comum dos mortais.

«O nosso cliente gosta de negociar, de discutir as condições e de ver se consegue comprar aquela casa por um preço mais baixo. Não é porque não tenham dinheiro, (muitas vezes até são clientes que fazem questão de dizer «eu tenho o dinheiro»), mas que regateiam. Isso até é mais frequente do que os casos de clientes que aceitam o preço à primeira, sem discutir», refere o director-geral da empresa, Marco Costa, à «Agência Financeira».

«Esta é, aliás, uma característica muito marcada dos portugueses. Gostam de perguntar sempre se não é possível um desconto, para conseguir o melhor negócio. E este segmento não é excepção», afirma.

Claro que, quando se fala em «regatear preços» neste segmento, não se está a falar de trocos. «Não estamos a falar de mil ou dois mil euros. Num imóvel de cinco milhões de euros, se calhar negociamos meio milhão», sublinha.

Crise não afecta o luxo

Ao contrário do que é normal acontecer noutras mediadoras, na imóveisdeluxo, não são postas casas à venda porque os proprietários deixaram de conseguir pagar os empréstimos.

As razões que levam proprietários de imóveis deste calibre a vendê-los raramente são as razões comuns. E a mais rara, ou até inexistente, é mesmo a falta de dinheiro. «Este cliente é muito mais informado. Quando contratou o empréstimo já sabia que as taxas de juro iam subir e chegar aos valores em que estão agora e sabem que ainda estão baixas, ainda podem subir mais», garante Marco Costa.

Por isso, as razões costumam ser outras. «Os casos mais frequentes são de casais que tinham filhos, e portanto uma casa grande, depois os filhos cresceram, saíram de casa, muitas vezes foram viver para outras cidades, e a casa tornou-se demasiado grande. Então estas pessoas preferem trocar para uma casa mais fora da cidade, mais pequena, mas com terreno à volta, por exemplo. Existem também alguns casos de divórcio», que acabam por levar à venda de verdadeiras jóias imobiliárias em nome da partilha de bens, explica o responsável.

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