Parceiros sociais consideram que acordo dá sinal positivo ao país - TVI

Parceiros sociais consideram que acordo dá sinal positivo ao país

Sindicatos - CGTP, UGT

Os parceiros sociais consideraram sexta-feira que a assinatura do acordo para a dinamização da contratação colectiva dá um sinal positivo ao país, às empresas e aos trabalhadores, apesar da complicada situação política e económica que Portugal atravessa.

«O sinal que damos com este acordo é que querendo, é possível», disse o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller, após a assinatura do acordo que decorreu na sede do Conselho Económico e Social (CES), em Lisboa.

Francisco Van Zeller defendeu que outras organizações deviam seguir o exemplo dado hoje pelos parceiros sociais, ou seja, estabelecendo acordos entre si, tornando-se independentes do Governo.

Depois da interrupção do Contrato Social para a Competitividade e o Emprego devido à situação política actual, as confederações patronais e sindicais decidiram continuar as negociações sem o Governo, tendo concretizado hoje o primeiro acordo.

O presidente da CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, José António Silva, referiu que este acordo é inédito e inovador não pelo conteúdo mas pela «importância simbólica que os parceiros sociais deram ao país, que atravessa sérias dificuldades».

«Estamos comprometidos perante o país em dar continuidade a este trabalho, em encontrar soluções para Portugal», sublinhou.

O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), Atílio Forte, salientou que o acordo ocorre num «momento particularmente importante para a vida do país, das empresas e dos trabalhadores». «É fundamental que patrões e sindicatos dêem um sinal de responsabilidade ao país», adiantou Atílio Forte.

Por seu turno, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), João Machado, referiu que este acordo deu um passo significativo no relacionamento das confederações patronais e sindicais e desafiou o Governo a aproximar-se mais dos parceiros sociais.

«Continuamos a trabalhar e disponíveis para procurar estabilidade na economia e no emprego para termos um futuro melhor para as empresas e para os trabalhadores», adiantou.

O secretário-geral da UGT, João Proença, defendeu que «um diálogo bilateral forte cria melhores condições para o diálogo social tripartido e para a celebração dum Acordo sobre a Competitividade e o Emprego».
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