Poupança dos portugueses atravessa maior crise dos últimos 20 anos - TVI

Poupança dos portugueses atravessa maior crise dos últimos 20 anos

Velhos truques para poupar

O indicador de clima económico registou uma ligeira descida em Agosto, afastando-se ligeiramente do máximo dos cinco anos anteriores, atingido em Junho.

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Segundo o Instituto Nacional de Estatística, para isso contribuiu a maioria dos indicadores de confiança sectoriais, a começar pela confiança dos consumidores, que desceu em resultado do comportamento desfavorável de todas as suas componentes. Esta foi a segunda queda mensal consecutiva, para o valor mais baixo desde Julho de 2006.

As expectativas quanto à situação económica do país, quanto à evolução do desemprego e quanto à capacidade de poupança do agregado apresentaram quedas particularmente intensas. Relativamente à poupança, o INE sublinha que apresentou, em Agosto, o valor mínimo da série, iniciada em Junho de 1986.

Nas restantes variáveis inquiridas, o cenário global foi igualmente desfavorável. Entre as variáveis que registaram evoluções desfavoráveis destacam-se as expectativas de aquisição de bens para o lar nos próximos doze meses (mínimo desde Setembro de 2006), as apreciações sobre a actual situação económica do país (mínimo desde Agosto de 2006) e as opiniões relativas à capacidade de poupança no momento presente. Esta última repete em Agosto o mínimo histórico também identificado para as expectativas da poupança futura.

À semelhança do registado no mês anterior, apenas as opiniões sobre a evolução passada dos preços e sobre a compra de bens duradouros no momento actual apresentaram evoluções positivas. Contudo, esta última variável manteve-se muito próximo do mínimo histórico apurado no passado mês de Junho.

Construção e obras públicas remam contra maré pessimista

Na Indústria Transformadora, o indicador de confiança deteriorou-se nos dois últimos meses, movimento que em Agosto reflectiu o aumento relativo das opiniões negativas sobre as evoluções da procura global e da produção prevista.

No Comércio, a redução do nível do indicador de confiança foi menos acentuada do que nos três meses anteriores, sobretudo devido à pequena recuperação no Comércio a Retalho.

Nos Serviços, o respectivo indicador de confiança piorou pelo terceiro mês consecutivo, o que, no mês em análise, esteve associado à deterioração das apreciações relativas à actividade da empresa.

Apenas na Construção e Obras Públicas, o indicador de confiança retomou a tendência ascendente iniciada em Janeiro, em resultado da melhoria observada em ambas as suas componentes.
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