Preço dos bilhetes de comboio vai depender da qualidade - TVI

Preço dos bilhetes de comboio vai depender da qualidade

Um comboio de alta velocidade

O Governo quer introduzir diferenças tarifárias no serviço ferroviário de longo curso, consoante a qualidade e seguindo uma política comercial semelhante à que se pratica no sector da aviação, disse à «Lusa» fonte oficial do Ministério das Obras Públicas.

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Por outro lado, no âmbito das políticas orientadoras para o sector, vai ser criado o sistema de «bilhete único», que permitirá ao cliente adquirir o seu título de transporte da origem ao destino final, independentemente das ligações implicadas no percurso.

A reestruturação tarifária e alteração da bilhética vai ser adaptada às necessidades do mercado, de forma a aumentar a procura e as receitas.

Segundo a mesma fonte, é preciso aumentar as taxas actuais de utilização tanto da infra-estrutura ferroviária (cerca de 54 por cento) como da utilização dos serviços (que ronda os 60%).

A aplicação das melhores tarifas baseadas no comportamento do mercado, com preços diferenciados consoante os títulos sejam adquiridos com antecedência, em cima da hora ou on-line, será a política adoptada para o longo curso.

Para o serviço regional, o Governo vai pedir ao recém criado Instituto da Mobilidade e do Transporte Terrestre (IMTT) para alterar a Tarifa Geral de Transportes publicada em 1975, dada a «incoerência» do actual sistema.

No modelo tarifário actualmente praticado no serviço regional o preço é fixado pelo Governo para os percursos inferiores a 50 quilómetros, aplicando a CP preços em função do mercado nos restantes troços.

«A existência destes dois critérios para a elaboração do preço tem originado situações incoerentes que importa eliminar, tornando o sistema perceptível, coerente e não discriminatório», refere o documento orientador para o sector.

Por outro lado, nos serviços que a CP presta nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, preconiza-se uma reformulação do modelo tarifário e uma redefinição da repartição do passe intermodal em Lisboa e a expansão do sistema Andante e a actualização da base tarifária no Porto.

Na Área Metropolitana de Lisboa é reconhecida a existência de uma «desadequação do actual zonamento», definido em 1975, à promoção do transporte colectivo, havendo uma «proliferação de títulos de transporte e de tarifas» que geram «injustiças relativas» para clientes e operadores.

A racionalização e simplificação do sistema na Área Metropolitana de Lisboa deverá ser proposta, até ao fim do ano, por um grupo de trabalho que integra o Governo e todos os operadores da Área Metropolitana de Lisboa.
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