Juncker, que falava perante a comissão económica e monetária do Parlamento Europeu, tinha antes indicado que a nova proposta financeira que apresentará quinta-feira aos líderes europeus «se diferencia muito pouco» da actual, que não aumenta os recursos.
Admitiu que esta proposta não era do agrado do Parlamento, mas considerou que «parece uma solução aceitável por todos», embora haja alguns que resistem.
Manteve igualmente a proposta de congelar o «cheque» britânico «ao nível de 2003», para depois reduzi-lo progressivamente.
«Há 24 países que pensam que não se pode continuar com o cheque sem correcções importantes», declarou aos eurodeputados, confirmando que o governo britânico está isolado na defesa deste «desconto» sobre a sua contribuição ao orçamento comunitário.
Juncker admitiu ainda a possibilidade de efectuar «reduções» no orçamento da Política Agrícola Comum (PAC), cuja maior parte das despesas se tornaram «intocáveis» até 2013 num acordo assinado em Outubro de 2002 que a França, nomeadamente, não está disposta a rever.
Juncker reconheceu tratar-se de «um tema difícil, porque um certo número de países membros está muito apegado ao acordo de Outubro de 2002.»
O primeiro-ministro luxemburguês tinha até agora apresentado um acordo orçamental no conselho europeu de quinta e sexta-feira em Bruxelas como meio de oferecer à Europa um primeiro sinal de saída da crise, após os «não» francês e holandês à Constituição.
Presidente da União Europeia «quase seguro» de um fracasso de cimeira
- Redação
- AM
- 15 jun 2005, 13:03
O presidente em exercício da União Europeia, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, declarou-se hoje «quase seguro» de que a cimeira de Bruxelas não conseguirá chegar a um acordo sobre o próximo orçamento comunitário para 2007-2013, noticia a agência «Lusa».
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