Às mesmas propostas, os partidos da oposição com assento parlamentar votaram todos contra.
As propostas de Lei que foram hoje a debate e votação na AR resultam do acordo celebrado em sede de concertação social entre o Governo de José Sócrates e os parceiros sociais, onde se exclui a CGTP.
A Reforma da Segurança Social introduz o factor de sustentabilidade, que «adequa a pensão de cada cidadão à evolução efectiva da esperança média de vida, acompanhado de um aumento, e não de uma redução, das opções individuais na assunção dos efeitos de maior longevidade», explicou o ministro do Trabalho e da Segurança Social na reunião plenária.
As propostas criam também o indexante dos apoios sociais, que garante «responsabilidade e solidariedade nos aumentos das pensões, protegendo mais os pensionistas e trabalhadores mais pobres». Segundo Vieira da Silva, com este Indexante vai ser possível «recuperar um atraso significativo do modelo social português».
Nova fórmula de cálculo de pensões
A Reforma prevê a criação de uma nova fórmula de cálculo das pensões, «mais justa do que a actual nos descontos dos contribuintes ao longo de toda a vida».
O Governo quer também promover o envelhecimento activo, já que, segundo o ministro, «nenhuma sociedade se pode dar ao luxo de desperdiçar a mão-de-obra mais experiente, empurrando trabalhadores com menos de 30 anos de carreira contributiva para mais de 20 anos de inactividade na condição de pensionistas».
Além disso, estabelece, por último, o Código Contributivo à Evasão Contributiva, para reforçar o combate o combate à fraude e à evasão fiscal, bem como a revisão dos Regimes Especiais de Desconto para a Segurança Social.
Reforma da Segurança Social aprovada na generalidade
- Sandra Almeida
- 23 nov 2006, 21:12
A Lei de Bases da Reforma da Segurança Social foi esta quinta-feira aprovada na generalidade, na Assembleia da República (AR), apenas com os votos favoráveis do Partido Socialista (PS).
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