Rent-a-car factura quase 378 milhões em 2007 - TVI

Rent-a-car factura quase 378 milhões em 2007

Opel Insignia

Ano passado representa inversão de ciclo negativo que durava há anos

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O investimento efectuado no sector do rent-a-car ascendeu a 599,699 milhões de euros no ano passado, segundo dados da Associação dos Industrias de Aluguer de Automóveis Sem Condutor (ARAC). O investimento nos ligeiros de passageiros cresceu 41,85% e nos comerciais ligeiros 83,61%.

A facturação das empresas do sector associadas da ARAC ascendeu a 377,97 milhões de euros, sendo que no segmento dos ligeiros de passageiros cresceu 15,71%, nos comerciais ligeiros 23,21%, e nos pesados de mercadorias caiu 4,75%.

No principal mercado, o dos ligeiros de passageiros, a frota média anual ascendeu a 44.502 veículos, mais 7,77% do que em 2006, e os contratos efectuados cresceram quase 16% para 1.983 milhões.

Os dias alugados também cresceram mais de 12% para 12.823 milhões, com a facturação média por dia a chegar aos 26,21 euros, ou seja um crescimento de 4,17%. A facturação média por viatura por ano foi de 7.508 euros, mais 8%. O período médio de aluguer foi de 6,44 dias por mês, uma queda de 2,42%.

Pessoal e escritórios com 1º aumento dos últimos cinco anos

Pela primeira vez em cinco anos, o número de pessoas empregadas no sector aumentou, ainda que apenas 1%, para 2.130. O número de escritórios também registou em 2007 o primeiro aumento dos últimos cinco anos, de 4% para 852.

Apesar de 2007 ter sido um ano de crescimento para o turismo nacional, e de as empresas do ano terem facturado mais, a associação lembra que se registou também uma subida dos custos, «a um ritmo superior, o que levou, à semelhança do ano anterior, ao encerramento de mais de uma dezena de empresas no ano de 2007».

Entre os custos sublinhados pela associação, que são suportados pelas empresas de rent-a-car portuguesas, surge à cabeça a fiscalidade a nível da tributação automóvel e do IVA, muito superior ao praticado em Espanha.

Empresas clandestinas penalizam sector

A ARAC aponta ainda o dedo à clandestinidade, afirmando que muitos turistas não utilizam os serviços de rent-a-car, recorrendo antes «a empresas que alugam viaturas de forma clandestina, isto é, não possuindo alvará para o exercício da actividade e não cumprindo os mínimos requisitos legais».

«Em conclusão, os anos turísticos de 2006 e 2007 apesar de representarem uma inversão de um ciclo que se vinha verificando desde 2001, apresentam resultados ainda pouco satisfatórios para as empresas», refere a ARAC no seu comunicado.

Mas a associação sublinha também algumas evoluções positivas e «congratula-se com a medida incluída no Orçamento de Estado para 2008, no capítulo da Reforma da Tributação Automóvel, a qual concede a isenção de 50% do montante do Imposto Sobre Veículos (ISV), aos veículos automóveis ligeiros de passageiros e de utilização mista, desde que sejam satisfeitas determinadas condições expressas no Orçamento de Estado, nomeadamente condições de carácter ambiental e de utilização».

Muitas oportunidades a aproveitar até 2018

Nos próximos 10 anos prevê-se um aumento do tráfego de passageiros em transportes aéreos, «o que se traduzirá sem dúvida alguma também num aumento da actividade de rent-a-car entre os 27 Estados membros da União Europeia».

Por isso mesmo, diz a associação, «é fundamental promover medidas de conjunto que permitam a renovação e inovação do sector, bem como estimular a cooperação entre os vários modos de transporte e os vários parceiros turísticos. Neste sentido, uma rede transeuropeia de transportes, com critérios claros e incentivos adequados, poderá contribuir para a muito importante co-modalidade, ou seja, para o uso optimizado de todos os meios de transporte, individualmente ou em combinação, através da facilitação da passagem de um modo de transporte a outro», conclui.
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