Risco de turistas serem afectados por gripe das aves é baixo - TVI

Risco de turistas serem afectados por gripe das aves é baixo

Gripe das Aves (Arquivo)

O risco de contaminação com o vírus da gripe das aves dos turistas que viajem para as zonas afectadas é «muito baixo», considerou hoje o director do Serviço de Doenças Infecciosas dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

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«Geralmente, as pessoas procuram os destinos turísticos com sol e praia e não entram em contacto com os sítios onde estão as aves, pelo que o risco de contaminação é muito baixo», afirmou Saraiva da Cunha, que hoje moderou, em Coimbra, uma mesa-redonda sobre «Vírus e viagens», no âmbito do I Congresso Nacional de Virologia.

Mesmo assim, segundo o responsável pela Consulta de Medicina do Viajante do Serviço de Doenças Infecciosas dos HUC, as pessoas que rumem para esses destinos devem seguir algumas recomendações.

«O risco para os viajantes é muito baixo, as principais organizações não aconselham a suspensão das viagens, mas há necessidade de alguns cuidados», observou o especialista em declarações à agência Lusa.

Abster-se de ir a mercados onde se vendam aves ou a explorações avícolas, não mexer em aves mortas e evitar consumir carne crua e ovos crus são alguns dos cuidados a ter nas zonas onde se registam surtos de gripe aviaria.

Outra recomendação é a vacinação contra a gripe comum que, embora não proteja do contágio com o vírus da gripe aviaria, «facilita o diagnóstico diferencial».

Segundo o médico, a crise da gripe das aves em vários países asiáticos tem motivado sobretudo telefonemas para a Consulta a pedir esclarecimentos por pessoas que pretendem viajar para estes destinos.

Entre 700 a 800 consultas são realizadas anualmente na Medicina do Viajante dos HUC, sendo observadas, sobretudo, pessoas que se deslocam, por motivos profissionais, para África.

Cândida Abreu, do Hospital de São João (Porto), Jorge Atouguia, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (Lisboa), e Kamal Mansinho, do Hospital Egas Moniz (Lisboa) foram os oradores na mesa-redonda sobre «Os vírus e as viagens».

O congresso, organizado pela Sociedade Portuguesa de Virologia, decorreu durante dois dias no auditório dos HUC.
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