Sampaio e Pinho desmentem pressões para afastar Iberdrola da EDP (Actualização1) - TVI

Sampaio e Pinho desmentem pressões para afastar Iberdrola da EDP (Actualização1)

Manuel Pinho, ministro da Economia e da Inovação

A Casa Civil do Presidente da República desmentiu hoje uma declaração atribuída ao Chefe de Estado, indicando que Jorge Sampaio tinha forçado José Sócrates a travar a entrada da Iberdrol a nos órgãos sociais da EDP.

(Actualiza com declarações do ministro da Economia) Na edição de hoje, o «Diário Económico» refere que Jorge Sampaio explicou ao jornal a sua intervenção neste caso, depois de ter recebido na segunda-feira accionistas privados da empresa e terça-feira o ministro da Economia, Manuel Pinho, para falar deste assunto.

«Há uma fundamental preocupação de interesse nacional no desenho da política energética portuguesa, e esse desenho é fundamental para o país. Nesse sentido, agi em conformidade com os poderes do Presidente para defender, justamente, esse interesse nacional, agora e no médio longo prazo», diz o jornal atribuindo a declaração a Jorge Sampaio.

Em comunicado, a Casa Civil do Presidente da República diz que esta declaração atribuída ao Presidente da República «é completamente falsa e da única e exclusiva responsabilidade do Diário Económico».

«O Presidente da República lamenta o recurso a estes processos inaceitáveis», refere a mesma nota.

O ministro da Economia juntou-se a Sampaio no desmentido. Manuel Pinho negou que o Governo tenha sofrido pressões por parte do Presidente da República para que a eléctrica espanhola Iberdrola não fizesse parte do Conselho Superior da EDP.

«Não houve pressão», afirmou Manuel Pinho aos jornalistas à margem da primeira reunião entre membros do Governo e empresários para fomentar as exportações.

«O que aconteceu é que o Presidente da República pediu para ser esclarecido pelo primeiro-ministro relativamente à situação do sector energético português e não apenas sobre a EDP», acrescentou.

Relativamente à não entrada da Iberdrola no Conselho Superior da eléctrica portuguesa, como inicialmente esteve previsto, o ministro afirmou que essa hipótese seria considerada desde que existisse «certeza a 100% que não havia conflito de interesses».

«Como não foi possível assegurar neste momento que não havia (conflito de interesses), a Iberdrola não entrou», disse.

Questionado pelos jornalistas sobre se essa decisão terá partido da Iberdrola, Manuel Pinho limitou-se a afirmar ser «positivo» para a Iberdrola ter «uma boa cooperação na EDP».
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