Santander Totta lucra 399 milhões até Setembro

O Santander Totta registou lucros de 399,3 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2009, o que representa uma quase estagnação (apenas mais 0,3%) face ao mesmo período do ano passado.

Em comunicado, o banco sublinha que são resultados obtidos «num enquadramento particularmente difícil», graças ao crescimento das receitas recorrentes, controlo rigoroso dos custos e gestão de riscos numa perspectiva de deterioração da actividade económica, em simultâneo com uma disciplina de gestão financeira e de capital.

No período em análise, o banco conquistou um aumento de 7,9% na margem financeira, para os 607,2 milhões de euros. O produto bancário recorrente cresceu 4% e o rácio de eficiência melhorou para 42,9% (43,6% em Setembro de 2008). As comissões líquidas e outros resultados da actividade bancária situaram-se em 251,5 milhões de euros, devido à redução das comissões de fundos e seguros financeiros, parcialmente compensada pelas melhorias nas comissões de crédito, serviços e meios de pagamento.

Crédito concedido a empresas aumenta

O Totta sublinha os aumentos de 7,5% no crédito concedido ao segmento de Negócios e de 4,6% no crédito ao segmento de Médias Empresas.

Os custos operacionais recorrentes alcançaram 408,3 milhões de euros, evidenciando um crescimento de 2,2%.

Banco com liquidez confortável e Tier 1 nos 11,2%



A rendibilidade dos capitais próprios (ROE) alcançou os 21,2%, em linha com os níveis alcançados em períodos anteriores. Os rácios de solvabilidade melhoraram, tendo o Tier 1 ficado nos 11,2% e o Core Capital nos 9,4%.

«O Santander Totta mantém uma confortável posição estrutural de liquidez, o que lhe permitiu aceder de forma adequada aos mercados de financiamento internacionais, quer em instrumentos de curto prazo, quer de longo prazo, em excelentes termos de pricing e volume», refere.

«O Banco manteve um desempenho muito sólido no final do terceiro trimestre, apesar da conjuntura económica e financeira desfavorável. Foi possível simultaneamente crescer em clientes e produto bancário, conservar os custos controlados, manter a melhor qualidade dos activos com um balanço robusto e elevados capitais próprios, o que permitiu a manutenção dos seus resultados recorrentes no mercado doméstico», refere o presidente executivo do banco, Nuno Amado.

Imparidades e provisões de 54,8 milhões

As dotações para imparidade, provisões líquidas e outros resultados situaram-se em 54,8 milhões de euros.

«O aumento significativo em relação ao período homólogo traduz a deterioração da actividade económica, que se está a reflectir no aumento dos rácios de crédito vencido. No final de Setembro de 2009, o rácio de crédito com incumprimento alcançou o valor de 1,31%, sendo no entanto um dos mais baixos do sector».