Situação da economia portuguesa «agrava-se substancialmente» - TVI

Situação da economia portuguesa «agrava-se substancialmente»

Situação da economia portuguesa «agrava-se substancialmente»

O indicador de clima económico nacional agravou-se substancialmente em Setembro, mostram dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

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O indicador de actividade, disponível até Agosto, também ainda não recuperou do abrandamento observado em Junho.

No caso do clima económico, este é o segundo mês seguido de quebra, consequência do agravamento do clima na indústria e nos serviços, enquanto o comércio e a construção se mantiveram relativamente estáveis.

No plano externo, «a generalidade da informação referente aos países com maior proximidade económica continua a ser favorável, mesmo que a evolução do preço do petróleo faça aumentar a margem de incerteza quanto à robustez da retoma internacional».

O indicador quantitativo do consumo, em média móvel de três meses, recuperou em Agosto, contrariando o abrandamento verificado nos dois meses anteriores. Esta evolução resultou tanto do comportamento do consumo de bens duradouros, exceptuando a componente automóvel, como do consumo corrente não alimentar.

O indicador qualitativo recuperou ligeiramente no trimestre terminado em Setembro, compensando o ligeiro abrandamento registado no mês anterior e mantendo-se no patamar máximo dos últimos dois anos. Porém, o indicador de confiança dos consumidores, em médias móveis de três meses, interrompeu em Setembro o movimento ascendente iniciado em Maio passado.

A informação quantitativa disponível até Agosto sobre os principais sectores de actividade revela, de forma genérica, alguma melhoria, mas ainda não totalmente compensatória de abrandamentos verificados desde finais do segundo trimestre.

No domínio da procura interna «o consumo privado aparenta alguma recuperação, mas apenas compensando parcialmente as indicações menos favoráveis obtidas no mês anterior, e o investimento mantém a trajectória de recuperação que tem apresentado há largos meses».

Os dados sobre o comércio externo, com informação até Julho, apontam para abrandamentos em ambos os fluxos e para a manutenção da tendência de forte agravamento do saldo entre as exportações e importações.

No mercado de trabalho, o indicador de emprego tem vindo a recuperar lentamente, «mas refira-se a inversão em Setembro das expectativas dos agentes económicos».
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