Sócrates acredita que meta do défice foi cumprida em 2005 - TVI

Sócrates acredita que meta do défice foi cumprida em 2005

Orçamento estado

O primeiro-ministro está convencido que a meta estabelecida pelo seu Executivo e assumida perante Bruxelas em termos de défice, foi alcançada em 2005.

Num encontro promovido em Lisboa pela «Economist», José Sócrates apontou, entre os eixos centrais da acção do Governo, o reequilíbrio da situação orçamental portuguesa, até por uma questão de credibilidade e confiança no País.

E neste campo, o líder do Executivo acredita ter conseguido mostrar, nestes primeiros 10 meses de mandato, que tem uma «política credível, apesar da batalha estar ainda longe de ser ganha».

«Não posso dizer ainda qual foi o défice atingido em 2005, porque as contas só serão apuradas no final de Janeiro. O objectivo era reduzir o défice para 6,2%. Veremos o valor a que se chegou, mas para já, posso dizer que os números no sector Estado são bons, fez-se o que se devia, falta agora conhecer os números das autarquias e dos fundos autónomos. Mas se tivermos conseguido um défice de 6,2%, Portugal terá conseguido, pela primeira vez desde 2001, cumprir uma meta orçamental sem recurso a receitas extraordinárias».

Para suportar aquilo que o próprio chama de «imodéstia», o primeiro-ministro socorre-se da alteração na postura das agências internacionais de rating, que «no ano passado eram muito críticas à proposta de Orçamento de Estado, e que este ano falam em medidas positivas e corajosas».

Para os cépticos que, apesar dos elogios às medidas propostas, duvidaram da capacidade do Executivo para as implementar, diz apenas que «todas as medidas que propusemos em Maio, estão já no Diário da república, estão concretizadas. Eram medidas ¿impossíveis¿ para muitos, como a convergência entre os sistemas de Segurança Social dos sectores público e privado, mas estão feitas».

Outro dos eixos da acção do governo é a aposta na qualificação dos portugueses, onde sublinhou a reintrodução dos benefícios fiscais ao investimento empresarial em Investigação & Desenvolvimento (I&D) e à compra de computadores, a aposta na Banda Larga e a introdução do inglês no 3º e 4º anos da escola primária. Neste campo, o primeiro-ministro admitiu que «talvez para o próximo ano alarguemos aos anos escolares ainda mais baixos».
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