Sócrates atribui recessão interna à crise internacional

José Sócrates culpa a crise financeira internacional pela recessão nacional, confirmada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O secretário-geral do PS, que falava na Covilhã, considerou que «Portugal está a sofrer o impacto da crise financeira internacional, que nos atingiu severamente no quarto trimestre de 2008, como atingiu toda a Europa», cita a Lusa.

De acordo com os dados do INE, a economia nacional contraiu-se 2,1% no quarto trimestre do ano passado, face ao homólogo e 2% face ao trimestre anterior. A queda do Produto Interno Bruto (PIB) português foi a terceira maior entre os países da União Europeia para os quais já existem dados disponíveis. Esta quebra, que foi também a maior dos últimos 25 anos, coloca o País em recessão técnica (caracterizada por dois trimestres consecutivos de contracção) na segunda metade de 2008.

Medidas de apoio ao emprego são «adequadas»

Sócrates considera que a situação «exige que os governos respondam com acção», mas afastou a ideia de reforçar as medidas anti-crise, que passam pelo apoio ao emprego.

O esclarecimento de Sócrates surge depois de o ministro do Trabalho e Solidariedade Social ter defendido na sexta-feira que as medidas que o Governo tem em curso em defesa do emprego têm de ser usadas com «mais intensidade».

«O mais importante é aplicar as medidas que decidimos. É o que estamos exactamente a fazer. Aprovámos as últimas medidas contra a crise em 13 de Dezembro e estamos a aplicá-las», disse Sócrates, sublinhando o investimento público e acções de apoio ao emprego.

«Estas medidas são as adequadas, o principal dever é executá-las para ver qual o resultado. E começámos agora a executá-las», sublinhou.