O primeiro-ministro reagiu já ao estudo apresentado quinta-feira à tarde pelo BPI, que dava conta de que os compromissos do Estado representavam já 100% do Produto Interno Bruto (PIB) e que, se nada for feito, essa percentagem vai subir para 120% em 2013. Sócrates lembra que foram os bancos a causar a crise e diz que é «irónico» que sejam os primeiros a queixar-se
Veja aqui o vídeo da resposta do primeiro-ministro
Responsabilidades do Estado atingem 100% do PIB
«Aqueles que foram os causadores da crise financeira são os primeiros a queixar-se das acções do Estado que permitiram a resolução dessa crise», disse o primeiro-ministro, lembrando que «o Estado esteve disponível e com vontade de não permitir uma catástrofe do sistema financeiro. É muito curioso que sejam agora os bancos agora a queixarem-se».
«O nosso sistema financeiro portou-se muito bem. Portugal foi dos países que gastaram menos com o sistema financeiro», acrescentou ainda José Sócrates.
O primeiro-ministro, que falava em Paris, onde discursou na abertura do simpósio «Novo Mundo, Novo Capitalismo», sublinhou que a crise económica mundial veio provar a importância do «bom e velho Estado» e lembrou que «muitos olharam para o Estado à espera de uma resposta».
O chefe do Governo diz ainda que é preciso combater a ideia de que o pior já passou e que as medidas anti-crise já não são necessárias. «É preciso insistir numa politica reformista para evitar e reduzir os riscos do passado», concluiu.
Crise mundial provou a importância do «bom e velho estado»: as explicações de Sócrates para os números do défice
Sócrates: «Bancos causaram a crise, é irónico que se queixem»
- Redação
- PGM
- 7 jan 2010, 12:30
Primeiro-ministro lembra que o sector financeiro é que originou a crise e que foi o Estado que teve de desembolsar dinheiro para a resolver
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