Stanley Williams foi executado na Penitenciária de San Quentin - TVI

Stanley Williams foi executado na Penitenciária de San Quentin

Prisão

Stanley «Tookie» Williams, de 51 anos, condenado à morte em 1981 pelo assassínio de quatro pessoas, foi hoje executado por injecção letal, noticiou a CNN.

A execução de Williams, fundador do célebre «gang» de rua «Crips» em 1971, em Los Angeles, foi levada a cabo às 00:35 de hoje (08:35 em Lisboa) por injecção letal, na penitenciária de San Quentin, perto de São Francisco.

Williams afirmou estar inocente, e desde a sua condenação à pena capital repudiou o seu passado.

A partir da cela na penitenciária de San Quentin, perto de São Francisco, dedicou-se à escrita de livros infantis e militou contra a violência.

Há várias semanas que organizações da defesa dos direitos humanos e celebridades iniciaram uma campanha que visou obter o perdão para Williams, existindo ainda a circular na Internet uma petição que já recolheu dezenas de milhares de assinaturas.

Os apoiantes de Stanlety Williams, cujo nome tem sido referido como potencial candidato ao Prémio Nobel da Paz, afirmam que este mudou na prisão e seria mais útil vivo, para continuar a difundir a sua mensagem de não-violência.

Mas, menos de seis horas antes da hora marcada para a execução o Supremo Tribunal dos Estados Unidos rejeitou o último recurso de Stanley Williams.

Um responsável da mais alta jurisdição norte-americana indicou que a decisão foi tomada às 21:15 de segunda-feira (02:15 de hoje em Lisboa).

O pedido dos advogados de Williams, pedindo uma suspensão da sua execução, era a sua última esperança.

Também na segunda-feira o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, recusou comutar a pena a Stanley «Tookie» Williams.

No início do mês, quando foi levada a cabo a milésima execução nos Estados Unidos desde o restabelecimento da pena capital, em 1976, a Casa Branca frisou que o presidente norte-americano, George W. Bush, «apoia firmemente» a pena de morte porque esta pode ajudar a «salvar vidas inocentes».

O Presidente norte-americano «apoia firmemente a pena de morte porque acredita que a sua aplicação ajuda a salvar vidas inocentes», declarou o porta-voz da Casa Branca Scott McClellan.

«Quando a pena é aplicada de forma justa, rápida e segura, tem um efeito dissuasor e serve para salvar vidas inocentes», afirmou na altura, acrescentando: «É por esta razão que o Presidente a apoia firmemente».

As afirmações foram proferidas no dia em que os Estados Unidos atingiram a «barreira» dos mil condenados executados deste o restabelecimento da pena de morte em 1976.
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