Subscrição de PPR dispara mais de 70% em nove meses - TVI

Subscrição de PPR dispara mais de 70% em nove meses

Terceira idade

A subscrição de Planos Poupança Reforma (PPR) aumentou 71% nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano passado. Um crescimento que surge mesmo apesar de em 2005 este tipo de aplicação não ter associado qualquer benefício fiscal.

Esta subida nas subscrições, anunciada pela Sociedade Gestora de Fundos de Pensões (SGF) e citada pela Lusa, deve-se sobretudo à baixa rentabilidade das alternativas. É que enquanto os PPR não estão incluídos na Directiva da Poupança, segundo a qual os rendimentos resultantes da poupança são sujeitos a um regime fiscal, sob a forma de juros, outro tipo de produtos, como os depósitos a prazo ou os títulos de dívida pública estão aí incluidos e sujeitos a essa tributação. Nos PPR, a rentabilidade dos últimos doze meses chegou, por isso, a ultrapassar os 10%.

A subscrição de PPR da Sociedade Gestora de Fundos cresceu 146%, sendo que as três mais elevadas rentabilidades foram arrebatadas por estes produtos. Nos PPR/E - Património Reforma Acções a rentabilidade ascendeu a 17,8%, nos PPR/E - Património Reforma Equilibrado atingiu-se uma rentabilidade de 15,4%, e nos PPR/E - Património Reforma Prudente a rentabilidade foi de 11,7%.

Recorde-se que o Governo de maioria PSD/CDS-PP acabou com os benefícios fiscais para este tipo de produto, bem como para as Contas Poupança Habitação (CPH), Planos de Poupança Educação (PPE) e Planos de Poupança Acções (PPA). No entanto, o Orçamento do Estado para 2006 reintroduz um benefício para os PPR, sendo possível deduzir no IRS parte do montante investido em cada ano, num máximo de 300 a 400 euros, conforme a idade do subscritor. Este benefício deverá custar ao Estado 85 milhões de euros.
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