Televisão perde protagonismo para Internet - TVI

Televisão perde protagonismo para Internet

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A televisão está a deixar de ser o principal dispositivo mediático para a Internet, segundo um novo estudo on-line da IBM.

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O mesmo estudo sugere de forma esmagadora que o tempo pessoal gasto a navegar na Internet rivaliza com o tempo dedicado à televisão. Do grupo dos inquiridos, 19 por cento admitiu passar seis ou mais horas por dia na utilização pessoal de Internet, contra 9% dos inquiridos que confessou os mesmos níveis de consumo no visionamento de televisão. Por outro lado, 66% afirmou passar entre uma a quatro horas por dia frente à televisão, contra 60% que referiu os mesmos índices na utilização pessoal da Internet.

«Os consumidores estão à procura de conteúdo consolidado e fiável, de reconhecimento e de um sentimento de comunidade, no que se refere a entretenimento com base em dispositivos móveis e Internet. Equipados com computadores, conteúdos interactivos e ferramentas, os consumidores competem pelo controlo da atenção, do conteúdo e da criatividade. Apesar de um natural desfasamento da parte dos marketeers, as receitas da publicidade irão seguir as tendências dos consumidores»», explica a IBM.

Para dar uma resposta efectiva a esta mudança de poder, a IBM observa as agências de publicidade a posicionarem-se para além dos papéis criativos tradicionais, transformando-se em intermediárias da nova percepção dos consumidores; empresas que fornecem serviços por cabo a evoluírem para portais de comunicação social e editores a caminharem para novos formatos de media. Por seu turno, os marketeers estão a ser forçados a efectuarem experiências e a tornarem a publicidade mais apelativa para não correrem o risco de serem ignorados.

18% tem subscrição de jornal on-line

«Os consumidores estão a demonstrar o desejo de obterem acesso a conteúdo, quer seja através de wireless ou por cabo: uma média de 81% dos consumidores inquiridos indicou que tinha ou pretendia ver um ficheiro de vídeo no seu PC e uma média de 42% revelou que viu ou pretendia ver um ficheiro de vídeo num dispositivo móvel», explica o Communications Sector Managing Partner da IBM Global Business Services, Bill Battino.

«Dado o poder crescente dos indivíduos e das comunidades, os agentes ligados à indústria de comunicação e entretenimento terão que melhorar as suas estratégias de publicidade consentida pelos consumidores, assim como aperfeiçoar os estudos de análise», acrescentou.

O crescimento estável da adopção de serviços digitais de música, de vídeo e de outros serviços de entretenimento-apesar de os mercados permanecerem pequenos em comparação com os meios de comunicação tradicionais-por parte dos consumidores demonstra que os clientes particulares procuram serviços cada vez mais personalizados e que os fornecedores de conteúdo devem proceder de forma idêntica. Assim, 23% dos inquiridos afirmou recorrer a um serviço portátil de música (por exemplo, iTunes); 7% confirmou dispor de uma subscrição de conteúdo de vídeo para telemóveis; 11% revelou dispor de um serviço de música para o seu PC e 18% revelou possuir uma subscrição de um jornal on-line.

O estudo da IBM Institute for Business Value (IBV), realizado a mais de 2.400 residências particulares nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão e Austrália, analisou a utilização e a adopção global de novos dispositivos multimédia e de consumo de conteúdo de media e de entretenimento em PCs, telemóveis, leitores portáteis, entre outros.
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