Telmo Correia posiciona-se para suceder a Portas - TVI

Telmo Correia posiciona-se para suceder a Portas

Ministro do Turismo: Telmo Correia

Depois de dois meses sem candidato para suceder a Paulo Portas, o Congresso do CDS-PP deste fim-de-semana poderá ser disputado entre Telmo Correia, disponível para a liderança, e Ribeiro e Castro, que mantém em aberto uma possível candidatura.

O ex-ministro do Turismo Telmo Correia deu quinta-feira um sinal claro de que quer suceder a Paulo Portas, ao aceitar subscrever as duas moções que mais apoios reúnem no Congresso.

Os primeiros subscritores das moções «Afirmar Portugal» e «Portugal, Já!», António Carlos Monteiro e Nuno Melo, decidiram coordenar os seus documentos estratégicos e ter um «rosto comum à liderança», Telmo Correia, que ainda não anunciou quando formalizará a sua candidatura.

A moção «Afirmar Portugal» foi impulsionada pela distrital de Lisboa, mas reúne quadros de todo o país, enquanto a moção «Portugal, Já!» conta com o apoio de 15 das 18 distritais do CDS.

Apesar de o ex-ministro ter garantido por duas vezes não ser candidato à liderança do CDS, a maioria dos actuais dirigentes insistiu sempre em Telmo Correia como o melhor nome para assumir os destinos do partido.

A 24 horas do início do Congresso, que decorre sábado e domingo, no Centro de Congresso de Lisboa, permanece em aberto a possibilidade de Ribeiro e Castro poder disputar a liderança com Telmo Correia, tendo já recolhido alguns apoios nesse sentido.

O eurodeputado viu a sua candidatura ser sugerida, em primeiro lugar, pelo dirigente do CDS Luís Nobre Guedes, tendo mais tarde admitido essa possibilidade, apesar de negar a ambição de ser líder do partido.

No limite, só a meio do Congresso se saberá quantos serão os candidatos à liderança, já que o prazo de entrega das listas para os órgãos nacionais termina horas depois da votação das moções, tradicionalmente na madrugada do primeiro dia da reunião.

Ou seja, é possível que algum candidato - no caso, Ribeiro e Castro - queira ver avaliada a receptividade da sua moção, antes de avançar com uma candidatura à liderança.

Formalizada, por enquanto, está apenas a candidatura de Miguel Matos Chaves, militante de base e ex-porta-voz da direcção do antigo líder do CDS Manuel Monteiro.

Desvalorizada pela actual direcção pela falta de apoios conhecidos no partido, a candidatura de Matos Chaves reclama contar com mais de 600 dos 1.300 delegados ao Congresso e diz que só desistiria de ir a votos se Paulo Portas se recandidatasse.

O método de escolha plurinominal dos delegados no CDS-PP torna mais difícil a contabilização antecipada dos apoios que cada candidato detém, já que a eleição de delegados não é feita por listas.

O novo líder do CDS, eleito no próximo domingo, será o sexto presidente dos democratas-cristãos desde a fundação do partido em 1974, depois de Diogo Freitas do Amaral, Francisco Lucas Pires, Adriano Moreira, Manuel Monteiro e Paulo Portas.

Portas liderou o CDS-PP durante sete anos e anunciou a sua demissão a 20 de Fevereiro, na sequência dos maus resultados eleitorais do CDS-PP nas últimas legislativas, em que obteve 7,3% dos votos correspondentes a 12 deputados.
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