TMN afasta aumento de receitas e sobe investimento em 40 milhões (Actualização1)

Em conferência de imprensa, o presidente da operadora, Iriarte Esteves, justificou a manutenção das receitas com o impacto de cerca de 80 milhões de euros da redução dos preços de interligação, imposta pelo regulador do sector.

Quanto ao investimento, sobretudo em infra-estrutura de rede, a estimativa é de mais 40 milhões de euros, passando da anterior previsão de 180 para 220 milhões de euros.

No que se refere ao EBITDA deverá sofrer de um impacto negativo de 50 milhões de euros, também consequência da redução dos preços de interligação, o que se repercutirá na quebra entre 5 a 10% em 2005, versos 2004.

Ao valor total do investimento em capex previsto pela operadora, que no final do ano lhe permitirá ter uma cobertura de 3G mais alargada (30% em termos geográficos e 65% em termos populacionais), acresce ainda o esforço comercial de 40 a 60 milhões de euros para captação de clientes.

Quanto a custos expectáveis com expansão da rede a operadora prevê gastar entre 15 a 20 milhões de euros.

Retorno dos accionistas não sai penalizado com estratégia de expansão

Na mesma conferência o CEO do grupo, Miguel Horta e Costa, disse que o facto da empresa apresentar a sua estratégia neste momento do mercado é «uma jogada de antecipação», tendo em conta a percepção da saturação do mercado de telemóveis e a necessidade dos clientes terem cada vez produtos mais avançados.

O CEO garante que têm uma estrutura sólida em termos finaceiros e um «rating de que nos orgulhamos» e por isso é possível investir para massificar a 3G mantendo o retorno dos accionistas.

Um esforço que no final de 2006 deverá permitir à TMN atingir um milhão de clientes de 3G.