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TV Globo amplia parcerias com mercados europeus e africano

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A Rede Globo de Televisão começou a transmitir sua programação em tempo real para o Japão. A programação da emissora brasileira, que até dia o primeiro dia de Junho era gravada e depois exibida pelo canal japonês IPC, está no ar em tempo real no horário das 17 horas até 1 hora da manhã (horário de Tóquio).

Segundo o administrador comercial da Globo, Octávio Florisbal, o próximo passo da companhia na área internacional é ampliar as parcerias nos mercados europeus e africano para transmissão em tempo real. Hoje, a programação da TV Globo é exibida em 50 países, nos cinco continentes e é assistida por 300 mil assinantes. A meta é «chegar a 500 mil assinantes, nos próximos três anos», segundo Octávio Florisbal.

A expansão internacional é uma forma de ampliar as receitas da empresa. Em 2004, a TV Globo registou um lucro de 113 milhões de reais (cerca de 39 milhões de euros). As vendas de espaço publicitário totalizaram 3,7 Biliões de reais (cerca de 1.2 biliões de euros), o que representou aumento de 26,7% sobre o resultado de 2003, avança o jornal «Valor Económico».

Hoje a emissora exporta dramaturgia (novelas e séries especiais, por exemplo) para 65 países e essas vendas respondem por 95% da receita obtida com venda de conteúdo.

A comercialização de espaço publicitário no exterior em 2004 somou 9,7 milhões de reais (cerca de 3.4 milhões de euros), segundo o balanço financeiro da empresa. O montante representa crescimento de 43% sobre as vendas de espaço publicitário em 2003.

Octávio Florisbal explica que toda «a comercialização de conteúdo e de assinaturas está a cargo da Divisão de Negócios Internacionais, enquanto a comercialização de espaço publicitário é feita pela Globo Internacional Company».

Mas a exportação de dramaturgia, segundo o executivo, é um mercado próximo de seu limite, e para abrir novas frentes no mercado internacional, ele quer intensificar a venda de outros géneros, como documentários, produções jornalísticas e musicais, adianta ainda o mesmo jornal.

Outro pilar em que a Globo pretende ancorar sua estratégia internacional é a oferta de co-produção de conteúdo que, segundo Florisbal, é «uma tendência das emissoras locais, que querem produções mais próximas, mais parecidas com seus mercados». O principal foco de actuação nesta área, diz ele, é o mercado de língua hispânica nos Estados Unidos, países do Leste Europeu e alguns países da América Latina.

O executivo diz que no mercado interno a perspectiva de crescimento da receita está atrelada ao crescimento económico do país e à evolução da distribuição de renda. Os dados comparativos da relação entre investimento publicitário e renda per capita em países desenvolvidos para mostrar a distância que separa o Brasil de países mais ricos. «Se tudo correr bem na economia brasileira, a perspectiva para este ano é retornar aos níveis de investimento publicitário registrados em 2000, que foi um dos melhores anos para o mercado publicitário», completa Florisbal, citado pelo jornal «Valor Económico».
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