BPP repudia forma de protesto escolhida por clientes - TVI

BPP repudia forma de protesto escolhida por clientes

  • Rui Pedro Vieira
  • 19 fev 2009, 21:18
BPP

Clientes vão ser recebidos por administradores na próxima semana

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O Banco Privado Português (BPP) já reagiu à invasão dos clientes que, na sua sede do Porto, reclamaram por alegados juros em atraso.

Em comunicado, o banco lamenta o ocorrido e sublinha que, embora compreenda a situação dos clientes, «não pode deixar de repudiar a forma de protesto escolhida, que nada adianta ou resolve».

Sede invadida por clientes

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Pelo contrário: de acordo com o BPP, a ocorrência «contribui para o agravamento das dificuldades dos clientes que a administração tem estado a procurar resolver».

A administração refere que nunca nenhum cliente deixou de ser recebido ou informado pelo banco e sublinha que «está impossibilitada de resolver os problemas» dos clientes «nos prazos que gostaria», devido ao facto da instituição estar ao abrigo da intervenção do Banco de Portugal.

Advogados do banco reunidos com clientes

A solução do problema, lembra o BPP, depende da aprovação da proposta de Plano de Recuperação e Saneamento do Banco, sobre a qual o banco «tem trabalhado intensamente, com as autoridades, no sentido de ser encontrada, o mais rapidamente possível, uma solução».

Na nota oficial, a administração apela ainda à «serenidade e à compreensão» dos seus clientes e termina sublinhando ser a sua «melhor aliada». Por isso mesmo, é «fundamental que estes acreditem na sua boa fé, competência e empenho abnegados na resolução dos graves problemas que o banco atravessa».

«Muita pressão» resulta em encontro

Os clientes, que esta tarde ocuparam a sede daquele banco no Porto, vão ser recebidos por um dos administradores em Lisboa, na próxima quinta-feira, disse o porta-voz dos ocupantes.

De acordo com a agência Lusa, Fernando Carneiro, um dos clientes do BPP e porta-voz do grupo, disse quando da saída dos clientes da sede do BPP no Porto que só após «muita pressão» junto dos advogados do banco, com quem se reuniram durante a tarde, ficou decidido que irão ser «recebidos por um dos administradores».

Segundo o porta-voz, o grupo de cerca de 15 clientes esteve «a falar cordialmente com os advogados», apesar de um destes ter chamado a polícia.
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